Fontes locais confirmaram à agência palestiniana Wafa que um dos rabinos chegou ao recinto da Mesquita de Al Aqsa envergando o 'tefilin' (um par de pequenas caixas com pergaminhos da Torá que os judeus utilizam para rezar).
O rabino estava acompanhado pelo antigo deputado ultraconservador Moshe Feiglin, segundo a Wafa, citada pela agência espanhola EFE.
Alguns colonos também realizaram rituais talmúdicos num dos principais portões que conduzem ao complexo, o terceiro lugar mais sagrado para o Islão, depois de Meca e Medina, mas também o mais sagrado para os judeus.
Nos termos do 'status quo' acordado em 1967 entre Israel e os países árabes liderados pela Jordânia, o culto no recinto está reservado aos muçulmanos.
Os judeus só podem entrar como visitantes e rezar no Muro das Lamentações, que se encontra nas proximidades.
Por ocasião do Dia da Bandeira, mais de 3.000 polícias foram mobilizados na Jerusalém Oriental ocupada e foram instalados postos de controlo militar nas principais estradas.
A polícia israelita garantiu numa conferência de imprensa, na terça-feira, que a marcha seguiria o "percurso tradicional".
O percurso inclui a passagem da Porta de Damasco, a principal entrada do bairro muçulmano da Cidade Velha de Jerusalém Oriental, onde muitos palestinianos optam por fechar as lojas neste dia para evitar agressões.
A marcha anual tem sido marcada por ataques a residentes palestinianos e a jornalistas, segundo a EFE.
Esta edição é particularmente tensa devido à guerra que Israel está a travar na Faixa de Gaza há quase oito meses com o grupo extremista palestiniano Hamas.
Espera-se que políticos de extrema-direita, como o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, que controla as forças policiais, participem na marcha.
"Iremos ao Monte do Templo, temos de os atingir onde é mais importante para eles", disse Ben Gvir na terça-feira.
O Dia de Jerusalém começou a ser celebrado em 1969.
Na altura, membros de ideologia nacionalista e messiânica percorreram o trajeto feito pelas tropas israelitas em 1967, quando ocuparam a Cidade Velha e o resto de Jerusalém Oriental após a Guerra dos Seis Dias.
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