Biden apela à união contra mal: "Isolamento não foi nem é hoje resposta"

O presidente dos Estados Unidos falou da II Guerra Mundial e dos dias de guerra na Europa vividos hoje. Em França, Joe Biden, reforçou que a democracia não está garantida, que não vai abandonar a Ucrânia no combate contra a Rússia e falou ainda de como deve a História contar daqui a alguns anos como se vivem os dias de hoje.

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© DANIEL COLE/POOL/AFP via Getty Images)

Notícias ao Minuto
06/06/2024 14:20 ‧ 06/06/2024 por Notícias ao Minuto

Mundo

Joe Biden

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, discursou esta quinta-feira em França, no âmbito dos 80 anos dos desembarques na Normandia.

"O isolamento não foi a resposta há 80 anos, e não é a resposta hoje", referiu, num discurso em que falou também da Ucrânia, e garantiu que nem os Estados Unidos nem a NATO iam deixar de apoiar Kyiv.

"Não vamos embora. Porque se o fizermos, a Ucrânia vai ser subjugada e não vai acabar ali. A Europa será ameaçada", alertou.

"Querem saber o preço da liberdade? Venham à Normandia e vejam. Vão aos cemitérios na Europa", apontou também.

Sublinhando que "não estamos longe" do dia em que os combatentes da II Guerra Mundial vão deixar de estar vivos, Biden sublinhou que não se pode deixar o silêncio instalar nos próximos anos, e que é preciso combater o mal e brutalidades. E pegando no exemplo do Dia D, afirmou que a vitória com algumas dezenas de anos não retirava a responsabilidade do que devia ser feito nos dias de hoje. "A democracia nunca está garantida. Todas as gerações devem preservá-la e lutar por ela", apontou.

"Vamos ser a geração que a História vai dizer: quando o momento chegou, encontrámos o momento. As alianças foram fortificadas. [Dizer] Que salvámos a democracia e os nossos tempos também", rematou, num discurso marcado por momentos separados por dois anos, mas que em comum têm guerras na Europa.

 Sabiam, sem qualquer dúvida, que há coisas pelas quais vale a pena lutar e morrer

Apesar de terminar um discurso com uma lembrança para os dias e para aquilo que é preciso hoje, Biden lembrou que os veteranos que lutaram no Dia D era "heróis", não porque fossem os mais fortes, mas sim porque perante a missão, lutaram e sabiam qual era a "probabilidade de morrer".

"Mas lutaram na mesma. Sabiam, sem qualquer dúvida, que há coisas pelas quais vale a pena lutar e morrer: a liberdade vale a pena, a democracia vale a pena, a América vale a pena, o mundo vale a pena. Nessa altura, agora e sempre", notou.

Em 6 de junho de 1944, mais de 156.000 militares desembarcaram nas costas da Normandia em cinco praias que receberam os nomes de código Omaha, Gold, Juno, Sword e Utah.

A força era constituída principalmente por tropas norte-americanas, britânicas e canadianas, mas a operação incluiu apoio naval, aéreo e terrestre australiano, belga, checo, holandês, francês, grego, neozelandês, norueguês e polaco.

O Dia D, como ficou para a História, foi a maior invasão anfíbia da guerra, e permitiu abrir uma nova frente, aliviando a pressão sobre a União Soviética a Leste.

A II Guerra Mundial (1939-1945) só viria a terminar cerca de um ano depois, em agosto, com a rendição do Japão após o lançamento de bombas atómicas norte-americanas em Hiroshima e Nagasaki, três meses depois da capitulação alemã.

Aos encontros na Normandia, seguem-se oportunidades para novas conversas nas cimeiras do G7 (as sete maiores economias mundiais), de 13 a 15 de junho, em Itália, e da NATO (sigla inglesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte), de 9 a 11 de julho, nos Estados Unidos.

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