"A Europa de hoje é um grande presente", sublinhou Von der Leyen em Munique, no sul da Alemanha, durante o último comício do seu partido alemão, a CDU-CSU, antes das eleições europeias que estão a decorrer desde quinta-feira e terminam no domingo.
Para Von der Leyen, "a Europa está a ser desafiada como nunca por populistas, extremistas e demagogos", visando partidos de extrema-direita como a AfD na Alemanha e a União Nacional (RN) em França.
"Estes extremistas têm uma coisa em comum: querem enfraquecer, destruir e arruinar a nossa Europa", continuou a presidente da Comissão Europeia, garantindo que nunca irá permitir que isso aconteça.
As eleições nos 27 países da União Europeia para eleger 720 eurodeputados começaram na quinta-feira nos Países Baixos e deverão resultar num crescimento da direita nacionalista.
Ursula von der Leyen, 65 anos, é presidente do órgão executivo da UE desde 2019, com um mandato turbulento marcado pelo Brexit, pela pandemia de covid-19 e pela invasão da Ucrânia pela Rússia.
A alemã, que na quinta-feira se juntou à campanha da AD em Portugal, é considerada a favorita para continuar à frente da Comissão, enquanto o Partido Popular Europeu (PPE) deverá continuar a ter a maior representatividade no Parlamento Europeu.
Para permanecer no cargo, no entanto, Von der Leyen deve primeiro obter o apoio dos chefes de estado e de governo dos 27 e, em seguida, do Parlamento Europeu.
Durante a campanha eleitoral, von der Leyen sugeriu que o PPE poderia, no futuro, colaborar com certos partidos de extrema-direita, incluindo o da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, para ajudá-la a aprovar os seus projetos legislativos.
Esta posição irritou os parceiros tradicionais do PPE, cujo apoio poderá ser crucial para a alemã na votação parlamentar.
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