Os ataques concentraram-se em Nuseirat, palco de uma operação do exército israelita que resultou no resgate de quatro reféns vivos nas mãos de milícias palestinianas.
O balanço provisório foi divulgado após recolha junto de fontes médicas palestinianas e publicado pela agência noticiosa oficial palestiniana Wafa.
Testemunhas da agência falam de um bombardeamento "sem precedentes" que durou mais de uma hora em Nuseirat, Deir al-Bala'a, Zueida e Bureij.
O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, aponta para um "grande número de mortos e feridos" neste ataque israelita ao campo de refugiados, que descreve como um "horrível massacre".
De acordo com um comunicado publicado na sua página do Facebook, o ministério revela "um grande número de mártires e feridos", na sua maioria "mulheres e crianças" que estão, atualmente, a chegar ao Hospital dos Mártires de Al Aqsa, na vizinha Deir al-Bala'a, mas não avança ainda com um número específico de vítimas.
O ministério adverte que o sistema de ambulâncias está sobrecarregado e não consegue dar resposta a todos os pedidos de ajuda, na sequência dos bombardeamentos, que se estenderam também às imediações do centro médico, onde as vítimas estão a receber cuidados médicos, segundo fontes palestinianas.
Poucas horas após o início do bombardeamento, Israel anunciou a libertação da jovem Noa Argamani e de três homens - Almog Meir Jan, Andrey Kozlov y Shlomi Ziv -todos sequestrados durante o festival de música Supernova, um dos principias alvos do ataque das milícias.
A libertação seguiu-se a uma operação simultânea contra dois esconderijos da milícia do Hamas "no coração do campo de refugiados".
Argamani foi libertado e os outros três reféns foram retirados em segurança do segundo alvo.
O ataque a Nuseirat foi confirmado pelo exército israelita e segue-se aos ataques de quarta-feira a uma escola gerida pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA), que as autoridades de Gaza dizem que terá matado 40 pessoas.
Na quinta-feira, um outro ataque matou o presidente da câmara do acampamento, Iyad al-Maghari.
Israel, em resposta, afirmou que a escola era a casa de pelo menos 17 terroristas do Hamas, que foram mortos no ataque.
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