Louis Gérald Gilles disse à agência de notícias Associated Press que Conille estava a caminho do hospital, mas que não tinha mais informações.
Horas antes de ser hospitalizado, o novo líder do Haiti tinha visitado o principal aeroporto internacional do país, que reabriu recentemente depois de estar encerrado durante quase três meses devido à violência de grupos de crime organizado.
Em 29 de maio, na primeira declaração pública depois de ser nomeado, Conille prometeu unidade e afirmou-se honrado por ter sido escolhido.
"Juntos, trabalharemos para um amanhã melhor para todas as crianças da nossa nação", escreveu na rede social X (antigo Twitter), em crioulo haitiano.
Conille foi nomeado primeiro-ministro em 28 de maio, com o voto favorável de seis dos sete membros do conselho presidencial de transição, após um complicado processo de seleção, que tinha começado há um mês.
O antigo ministro das Finanças do Haiti Michel Patrick Boisvert era quem ocupava o cargo de primeiro-ministro interino, na sequência da demissão do antigo primeiro-ministro Ariel Henry, em abril, na sequência de um surto de violência de gangues.
Entretanto, o ex-titular da pasta do Desporto Fritz Belizaire tinha sido nomeado chefe do Governo pelo grupo maioritário do Conselho Presidencial de Transição, mas a decisão unilateral provocou uma crise na instituição, levando à abertura de um processo de candidatura ao cargo.
Conille estudou medicina e saúde pública e ajudou a desenvolver cuidados de saúde em comunidades pobres no Haiti, onde apoiou a coordenação dos esforços de reconstrução após o devastador terramoto de 2010.
Conille foi chefe de Governo entre setembro de 2011 e fevereiro de 2012, durante a administração de Michel Martelly, mas demitiu-se após um conflito com o próprio executivo.
O dirigente de 58 anos era o diretor regional do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) para a América Latina e as Caraíbas desde janeiro de 2023, cargo do qual se demitiu.
A nomeação ocorre num momento em que o Haiti aguarda a chegada da missão multinacional de apoio à segurança, liderada pelo Quénia e com a aprovação das Nações Unidas, para travar a violência de grupos armados que controlam pelo menos 80% da capital.
No ano passado, oito mil pessoas morreram vítimas da violência no país, insegurança que aumentou ainda mais desde o final de fevereiro.
O Haiti está sem presidente desde julho de 2021, quando Jovenel Moise, eleito Presidente em novembro de 2016, foi assassinado, e tem vivido num caos político sem precedentes.
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