"As primeiras informações sugerem que foi feita uma emboscada e dispararam contra o autocarro", declarou um responsável da polícia, Mohita Sharma.
"O condutor perdeu o controlo e o veículo caiu. Nove pessoas morreram e 33 estão feridas", precisou, adiantando que as operações de resgate terminaram.
O autocarro dirigia-se do santuário hindu de Shiv Khori para a cidade de Katra, a mais de duas horas de distância.
O ataque ocorreu perto da cidade de Reasi, no sul do território disputado pela Índia e pelo Paquistão.
Até ao momento nenhum grupo insurgente reivindicou o ataque, que ocorreu cerca de uma hora antes da tomada de posse do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, para um terceiro mandato à frente do Governo.
A Caxemira está dividida entre a Índia e o Paquistão desde a sua independência em 1947 e ambos reivindicam todo o território.
A Índia acusa regularmente o Paquistão de apoiar e armar os rebeldes, uma acusação rejeitada por Islamabad.
Os grupos rebeldes travam uma insurreição desde 1989 e exigem a independência ou uma fusão com o Paquistão. O conflito causou dezenas de milhares de vítimas.
Mallikarjun Kharge, presidente do Partido do Congresso, oposição, condenou na rede social X o "atroz ataque terrorista" e considerou que "a propaganda arrogante que se orgulha de trazer a paz e a normalidade soa a vazio", no que pode ser interpretado como uma alusão a Modi.
As eleições gerais, realizadas entre abril e junho, foram o primeiro exercício democrático na Caxemira administrada pela Índia desde que o governo de Modi, um nacionalista hindu, pôs fim ao seu estatuto de semi-autonomia em 2019.
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