O presidente da Argentina, Javier Milei, celebrou, no domingo, o "tremendo avanço da nova direita" nas eleições para o Parlamento Europeu, onde os vários partidos de extrema-direita conquistaram pelo menos 131 lugares, um número que representa um aumento significativo em relação às últimas eleições.
"Tremendo avanço da nova direita na Europa. Grandes notícias do Velho Continente. A nova direita varreu as eleições europeias e colocou um travão em todos aqueles que empurram a Agenda 2030, uma agenda desumana concebida por burocratas, para o benefício dos burocratas", afirmou Milei, na sua conta da rede social X.
O presidente da argentina sublinhou ainda que a Europa "se pronunciou" contra a Agenda 2030, que "está a conduzir" os países ocidentais à "sua extinção".
"Os povos da Europa falaram e revalidaram a nossa visão com o seu voto, apesar dos gritos dos progressistas, jornalistas e políticos locais e internacionais que questionaram o novo posicionamento da Argentina para disfarçar as suas intenções globalistas", reiterou, acrescentando que o Presidente do Parlamento Europeu exortou o Ocidente a "recuperar as bandeiras" do "processo civilizado mais próspero da nossa história".
Milei insistiu ainda que estes resultados representam um "passo fundamental" na defesa das suas ideias de "defesa da vida, da liberdade e da propriedade dos indivíduos".
TREMENDO AVANCE DE LAS NUEVAS DERECHAS EN EUROPA
— Javier Milei (@JMilei) June 10, 2024
Llegan grandes noticias desde el Viejo Continente. Las nuevas derechas han arrasado en las elecciones europeas y le han puesto un freno a todos aquellos que empujan la Agenda 2030, una agenda inhumana diseñada por burócratas, para…
De recordar que os primeiros resultados oficiais publicados pelo Parlamento Europeu dão a vitória ao Partido Popular Europeu (PPE) com 184 lugares, seguido dos Socialistas e Democratas (S&D) com 139 e dos Liberais (Renew) com 80 (que perdeu 19 lugares). Se estes resultados se confirmarem, os "populares", os socialistas e os liberais terão 403 lugares dos 720 em disputa. Os Verdes também sofreram uma queda significativa, com 52 lugares, contra 71 na legislatura anterior.
A ascensão da extrema-direita garante às forças radicais e populistas, pelo menos, 131 lugares, a partir da soma dos Conservadores e Reformistas (73) e da Identidade e Democracia (58), grupos agora liderados, respetivamente, pelos Irmãos de Itália de Giorgia Meloni e pelo Rally Nacional de Marine Le Pen.
A isto juntam-se as vozes de outros partidos que, para já, aparecem como Não-inscritos por terem sido expulsos dos seus grupos naturais na última legislatura, como os 10 lugares do Fidesz (partido de Viktor Orbán suspenso do PPE), os 15 do Alternativa para a Alemanha (expulso do ID) ou os 3 do Se Acabó la Fiesta (A Festa Acabou).
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