Parlamento israelita aprova plano de isenção militar para ultraortodoxos

O Parlamento israelita aprovou um plano de isenção militar e recrutamento para os judeus ultraortodoxos, depois de o Supremo Tribunal ter ordenado aumentar a participação destes jovens no serviço militar obrigatório.

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© Reuters

Lusa
11/06/2024 10:10 ‧ 11/06/2024 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

A votação decorreu durante a última madrugada e terminou com 63 votos a favor e 57 contra.

O ministro da Defesa e deputado do Likud, Yoav Gallant, já tinha afirmado que se iria opor ao plano de recrutamento que apenas previsse um ligeiro aumento dos recrutas ultraortodoxos, numa altura em que o Exército israelita regista "falta de soldados" devido à guerra em Gaza e à tensão na fronteira com o Líbano.

O projeto, apresentado numa legislatura anterior e aprovado em primeira leitura (as leis israelitas precisam de três leituras para serem ratificadas), foi sujeito a uma votação processual que apenas permite o envio da matéria para uma comissão, onde se espera que ocorram grandes alterações.

O projeto propõe a redução da idade em que os alunos das escolas talmúdicas podem evitar o serviço militar obrigatório de 26 para os 21 anos, numa primeira fase, e, passados dois anos, estabelecer o limite nos 23 anos de idade.

Esta redução permitiria que muitos judeus ultraortodoxos entrassem no mercado de trabalho e contribuíssem para a economia, ao mesmo tempo que estabelecia uma série de requisitos de recrutamento para as escolas religiosas e sanções sobre as subvenções que recebem se não os cumprirem.

O plano foi apresentado pelo então ministro da Defesa durante o governo de Yair Lapid e Naftali Bennet (2021), Benny Gantz, e pretendia ser um primeiro passo no desenvolvimento de um plano de recrutamento que tivesse em conta os israelitas ultraortodoxos e árabes, que até agora estavam isentos do serviço militar obrigatório.

Gantz, líder do partido Unidade Nacional, que no domingo anunciou a saída do governo de emergência formado pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, após o início da guerra em Gaza, também se opôs ao plano.

Votaram a favor os dois partidos ultraortodoxos - Shas e United Torah Judaism -, que inicialmente se opuseram à medida durante o governo de Lapid e Bennet por pôr em perigo o "modo de vida" dos jovens.

 

Leia Também: Plano de cessar-fogo aprovado na ONU. Mas o que dizem o Hamas e Israel?

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