A extradição foi autorizada por um juiz de primeira instância em Tegucigalpa, revelou aos jornalistas o porta-voz do Supremo Tribunal de Justiça, Melvin Duarte, sem que neste momento seja conhecida a data da sua entrega às autoridades norte-americanas.
O hondurenho é procurado "pelo crime de conspiração para importar pelo menos cinco quilos de cocaína para território norte-americano", explicou Melvin Duarte.
O porta-voz do Supremo Tribunal das Honduras indicou que a defesa de Velásquez tem três dias para decidir se apresenta recursos para evitar a extradição do seu cliente, que continuará detido na Penitenciária Nacional de Támara, a cerca de 20 quilómetros de Tegucigalpa, enquanto não é finalizada a sua transferência para os Estados Unidos.
Duarte especificou que Velásquez foi capturado em 08 de março pelo crime de lavagem de dinheiro, mas um juiz libertou-o provisoriamente em 14 de maio.
No entanto, o hondurenho foi novamente detido pelas forças de segurança segundos depois de sair da prisão, em cumprimento de um mandado de detenção emitido por um juiz responsável em matéria de extradição.
As forças de segurança apreenderam cerca de 1.187 quilos de cocaína de Velásquez em várias operações antidroga em 2021.
O alegado traficante de droga é "um dos cúmplices" do hondurenho Mario Mejía, conhecido como 'Yofo' e 'Burro', também detido em maio com pelo menos cinco quilos de cocaína depois dos Estados Unidos terem solicitado a sua extradição por tráfico de droga.
Mejía é procurado pelo Tribunal Distrital Leste da Virgínia pelo crime de "conspirar para importar pelo menos cinco quilos de cocaína" para os Estados Unidos, segundo as autoridades.
Segundo a investigação do Ministério Público das Honduras, outro dos principais dirigentes da estrutura é o colombiano Humberto Cantillano, conhecido como 'Niño', que tem enviado "pesadas cargas de cocaína, que é recebida em território nacional com o propósito de continuar a sua rota até aos Estados Unidos".
As autoridades hondurenhas capturaram 14 hondurenhos com pedido de extradição este ano, somando-se aos sete detidos em 2023 e aos doze em 2022, segundo dados oficiais.
Cerca de 49 hondurenhos solicitados para extradição foram entregues aos Estados Unidos, principalmente por tráfico de droga, entre 2014 e 2024.
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