Ativistas pró-Palestina vandalizam espaços do Museu do Brooklyn

Manifestantes pró-Palestina vandalizaram hoje locais ligados ao Museu do Brooklyn e às Nações Unidas na cidade de Nova Iorque, atirando tinta vermelha contra as suas entradas em oposição à guerra entre Israel e o Hamas em Gaza.

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Lusa
13/06/2024 06:48 ‧ 13/06/2024 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

O presidente da Câmara de Nova Iorque, Eric Adams, publicou na rede social X que a polícia está a investigar a ocorrência, após as casas da diretora do museu, Anne Pasternak, e de membros do conselho de administração terem sido atingidas. 

Adams partilhou quatro imagens (que pode ver na fotogaleria acima) de um prédio de tijolos salpicado de tinta vermelha com uma faixa pendurada na porta que dizia: "Anne Pasternak Brooklyn Museum White Supremacist Sionist" (Anne Pasternak Museu do Brooklyn Sionista Supremacista Branca, em português).

"Isto não é protesto pacífico ou liberdade de expressão. Isto é um crime e é um antissemitismo claro e inaceitável", sublinhou Adams, enviando condolências a Pasternak e aos membros do conselho do museu.

"Estas ações nunca serão toleradas na cidade de Nova Iorque por qualquer motivo", acrescentou.

Taylor Maatman, porta-voz do museu, recusou-se a fornecer mais detalhes, mas adiantou que foi apresentada queixa à polícia.

"Estamos profundamente preocupados com estes horríveis atos de vandalismo contra a liderança do museu", sublinhou, num comunicado.

Tinta vermelha também foi espalhada nos edifícios associados ao consulado alemão, bem como da Missão de Observação Permanente do Estado da Palestina nas Nações Unidas, onde também foram espalhados panfletos com críticas à Autoridade Palestiniana e ao seu presidente, Mahmoud Abbas.

Um porta-voz do Departamento de Polícia de Nova Iorque recusou comentar, referindo que a polícia está a investigar e irá fornecer mais informações posteriormente.

Centenas de manifestantes marcharam até o Museu do Brooklyn no final do mês passado, ocupando o pátio e instalando a faixa "Palestina Livre" no telhado do prédio, antes de a polícia entrar para fazer dezenas de detenções.

A Within Our Lifetime e outros organizadores desse protesto disseram que o museu está "profundamente investido e cúmplice" na guerra através da sua liderança, curadores, patrocinadores corporativos e doadores.

O grupo de protesto não respondeu a um correio eletrónico da AP a solicitar reações.

O grande museu de Belas Artes, que é o segundo maior da cidade, fica nos limites de Crown Heights, lar de uma das maiores comunidades de judeus ortodoxos da cidade.

Leia Também: Ucrânia e Médio Oriente dominam cimeira do G7 em Itália

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