Número de mortos em ataque no leste da RDCongo sobe para 42

As autoridades da República Democrática do Congo (RDCongo) elevaram para 42 o balanço de mortos num ataque por alegados membros das Forças Democráticas Aliadas (ADF) na província de Kivu do Norte, no leste do país.

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Lusa
13/06/2024 18:14 ‧ 13/06/2024 por Lusa

Mundo

RDCongo

"O balanço provisório é de 42 mortos, vários feridos, desaparecidos e bens reduzidos a cinzas, incluindo o mercado", afirmou o responsável Macaire Sivikunula, do setor de Bapere, à comunicação social local e citado pela agência de notícias EFE.

Segundo Sivikunula, depois dos primeiros 25 corpos encontrados na localidade de Maakengu, foram registados outros 17 na estrada que liga esta à cidade vizinha de Nyanza.

De acordo com o deputado provincial Bogombi Faisi Enoch, antigo chefe local de Bapakombe, disse que os assaltantes invadiram a cidade na quarta-feira, em pleno dia de mercado, enquanto o chefe do setor de Bapere, Macaire Sivikunula, afirmou que o exército congolês tinha lançado uma operação na zona, segundo o portal de notícias congolês Actualité.

Macaire Sivikunula relatou que os milicianos, sem revelarem a sua identidade, chamaram a população que fazia compras num mercado local para uma reunião sobre a situação de segurança na zona.

"As pessoas não sabiam que estavam a lidar com o inimigo. A meio da reunião, os atacantes começaram a executar civis com armas de fogo e armas brancas", afirmou.

Com este ataque, o número de mortos às mãos das ADF nas últimas duas semanas ascende a mais de 100, segundo a sociedade civil, que na semana passada denunciou o assassínio de 79 civis na região de Beni.

Todavia, as autoridades baixaram o número de mortos para 41 e afirmaram ter lançado uma operação contra o grupo.

As ADF, com ténues ligações ao Estado Islâmico, foram criadas nos anos 1990 no Uganda e estão particularmente ativas no leste da RDCongo, onde foram acusadas de matar centenas de civis.

O objetivo seria regressar ao Uganda, de onde saíram em 2003 após várias operações militares que reduziram as suas capacidades.

O grupo separou-se em 2019 depois de o seu líder, Musa Baluku - sancionado pelas Nações Unidas e pelos Estados Unidos - ter jurado fidelidade ao Estado Islâmico na África Central, sob cuja bandeira tem operado desde então.

A RDCongo e o Uganda assinaram um acordo de defesa em dezembro de 2021 para levar a cabo operações conjuntas no leste do território congolês.

Leia Também: Pelo menos 72 mortos em ataques no leste da RDCongo na última semana

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