Benjamin Netanyahu dissolve Gabinete de Guerra de Israel

O Gabinete de Guerra foi criado a 11 de outubro de 2023, na sequência da ofensiva militar contra o Hamas, na Faixa de Gaza.

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© Jack Guez -Pool/Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
17/06/2024 09:49 ‧ 17/06/2024 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Israel/Palestina

O primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu terá dissolvido o Gabinete de Guerra de Israel, criado a 11 de outubro de 2023 na sequência da ofensiva militar contra o Hamas na Faixa de Gaza, avançam, esta segunda-feira, vários meios de comunicação social israelitas, incluindo o Jerusalem Post.

A decisão, que terá sido anunciada pelo primeiro-ministro de Israel na noite de domingo durante uma reunião governamental, surge uma semana depois de Benny Gantz  e o seu parceiro Gadi Eisenkot terem abandonado o Gabinete de Guerra devido a divergências com Netanyahu.

"O gabinete [de guerra] fazia parte do acordo de coligação com Gantz, a seu pedido", disse o chefe do executivo hebraico. "Assim que Gantz saiu, deixou de haver necessidade de um gabinete", acrescentou.

Segundo o Jerusalem Post, Benjamin Netanyahu anunciou ainda que não será criado nenhum outro gabinete com os líderes dos partidos da coligação para substituir o anterior, como tinha sido sugerido pelos ministros Bezalel Smotrich e Itamar Ben Gvir após a demissão de Gantz.

Para o primeiro-ministro israelita o ex-ministro "tomou decisões que nem sempre foram aceitáveis para os escalões militares" na tentativa de "cumprir o objetivo de eliminar as capacidades do Hamas". Contudo, defendeu Benjamin Netanyahu, Israel é um "país com um exército, não um exército com um país".

Os lugares de Gantaz e Eisenkot no gabinete foram reivindicados pela extrema-direita.

O jornal israelita Haaretz noticiou que a dissolução do gabinete terá como objetivo evitar a inclusão no gabinete dos ministros mais extremistas, como o Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir.

Algumas das questões tratadas pelo Gabinete de Guerra passarão a ser discutidas pelo Gabinete de Segurança, mas as decisões mais sensíveis serão tomadas por um conselho mais restrito, segundo o diário.

O fórum mais restrito deverá incluir os ministros da Defesa, Yoav Gallant, e dos Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, o chefe do Conselho de Segurança Nacional, Tzachi Hanegbi, e o líder do partido Shas, Aryeh Deri.

Recorde-se que o Gabinete de Guerra de Israel foi criado após os ataques de 7 de outubro de 2023 do grupo extremista palestiniano Hamas em solo israelita.

[Notícia atualizada às 10h40]

Leia Também: "Basta". Manifestantes protestam em Israel contra Netanyahu

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