O Departamento do Tesouro norte-americano sancionou duas pessoas e sete entidades que são importantes fontes de rendimento do Presidente da entidade sérvia (Republika Srpska, RS) e da sua família, indicou hoje em comunicado.
Washington acusa Milorad Dodik, que lidera a entidade sérvia da Bósnia-Herzegovina desde 2006, de "tirar partido da sua posição oficial para acumular riqueza pessoal através de empresas ligadas a si mesmo e a Igor Dodik", seu filho, lê-se no comunicado.
Os Estados Unidos da América (EUA) acusam este responsável próximo do Kremlin (presidência russa) de obstruir a aplicação do Acordo de Dayton -- que, em 1995, pôs fim à guerra entre intercomunitária iniciada em 1992 na Bósnia - e já o tinham sancionado em 2017 e 2022.
Esse acordo estabeleceu a divisão da ex-república jugoslava em duas entidades autónomas -- sérvia e bósnio-croata -- ligadas por um Governo central fraco.
"Os Estados Unidos condenam os esforços contínuos do senhor Dodik para minar as instituições que garantiram a paz e a estabilidade na Bósnia-Herzegovina e na região", declarou o subsecretário do Tesouro, Brian Nelson, citado no comunicado.
"Continuaremos a denunciar os esquemas fraudulentos que permitem ao senhor Dodik e à sua família explorar o seu próprio povo em proveito próprio", acrescentou.
Em março passado, os EUA impuseram sanções económicas a pessoas próximas do líder político dos sérvios da Bósnia, após a celebração, no início de janeiro, do seu "Dia Nacional" apesar das condenações da comunidade internacional.
Leia Também: UE prolonga sanções contra Rússia devido a anexação da Crimeia em 2014