"Estamos empenhados em regressar a Gaza, ao norte de Samaria (Cisjordânia ocupada), e estabelecer-nos lá", realçou o ministro de extrema-direita e colono, acrescentando que "onde não há judeus, prevalece o terrorismo, os assassinatos e os 'rockets'", de acordo com meios de comunicação social israelitas.
A assembleia foi anunciada na segunda-feira pelos deputados do Poder Judaico (partido de Ben Gvir) e do Sionismo Religioso, de Bezalel Smotrich, também um colono e de extrema-direita, ministro das Finanças.
Ambos os partidos são fundamentais na coligação governamental do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, embora o chefe do Governo tenha garantido que o país não tem intenção de reocupar o enclave palestiniano após a guerra.
Netanyahu tem apoiado a manutenção do "controlo de segurança" de Gaza quando a guerra terminar, com o objetivo de evitar o ressurgimento do Hamas.
Segundo os deputados desta assembleia, a retirada unilateral de Gaza em 2005 - onde Israel tinha 21 colonatos com 8.000 residentes, regressando às fronteiras anteriores a 1967 - foi um erro grave que deu origem ao fortalecimento das milícias palestinianas na região.
O grupo defende que o Governo promova um plano de reassentamento israelita após o fim da guerra e a expulsão total dos palestinianos.
Já em 28 de janeiro, a extrema-direita israelita, incluindo 12 ministros - entre estes Ben Gvir - e 15 deputados alinhados com o movimento dos colonos, realizou uma conferência em Jerusalém também centrada na recaptura de Gaza.
Em dezembro, a construtora Harey Zahav, especializada em assentamentos na Cisjordânia, aludiu ao surgimento de empreendimentos à beira-mar em Gaza depois dos "invasores terem sido retirados e os escombros removidos".
A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Em represália, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que já provocou mais de 37 mil mortos, de acordo com o Hamas, que controla o território desde 2007.
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