"Os embaixadores da UE acabaram de chegar a acordo sobre um forte e substancial 14.º pacote de sanções em reação à agressão russa contra a Ucrânia. Este pacote expande as medidas apontadas e maximiza as consequências das sanções existentes, encerrando brechas", escreveu a presidência belga do Conselho da UE na rede social X (antigo Twitter).
Na mesma rede social, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, saudou o acordo e afirmou que vai "negar ainda mais o acesso da Rússia a tecnologias essenciais, cortar fontes de receita provenientes da energia" e também "atacar a frota sombra de [Vladimir] Putin e a rede bancária oculta no estrangeiro".
O pacote restritivo inclui pela primeira vez o gás natural liquefeito (GNL).
Fonte europeia adiantou à Lusa que os detalhes em concreto serão divulgados na próxima semana e o pacote de sanções vai incluir mais 100 pessoas e organizações, 'atacar' as importações e investimento em GNL russo. Em simultâneo, também vai atentar contra interferências às instituições democráticas europeias que dificultam a implementação das novas regras relativas ao financiamento da Rússia.
No início de maio, fonte europeia disse à Lusa que o 14.º pacote de sanções é "bastante substantivo" e incluía o "setor do gás natural liquefeito, medidas setoriais relativas à Bielorrússia e à 'frota sombra' [navios utilizados usados para transportar mercadorias violando anteriores sanções]".
A UE tem vindo a reduzir as importações de gás russo (que chega por gasoduto), passando de uma dependência de 40% em 2021 para 8% em 2023, mas as importações de GNL da Rússia têm vindo a aumentar, num importante setor para a economia do país que gera quase oito mil milhões de euros anuais.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
[Notícia atualizada às 11h02]
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