O ex-presidente da Rússia e atual vice-presidente do Conselho de Segurança do país, Dmitry Medvedev, acusou os Estados Unidos de serem responsáveis pelo que disse ser um "ato terrorista desprezível e vil" contra o povo russo, num ataque em Sebastopol, na península anexada da Crimeia.
"Os sacanas dos Estados Unidos estão a fornecer munições de fragmentação aos 'banderovtsky' e ajudam-nos a atingir os seus alvos", começou por referir Medvedev, usando um termo que se refere aos membros de uma antiga associação nacionalista ucraniana, na plataforma Telegram.
"Os sacanas de Kyiv atacam uma praia com pessoas pacíficas e carregam no botão. Ambos irão arder no inferno. Esperemos que não apenas no fogo sagrado, mas ainda mais cedo no fogo terrestre", acrescentou.
Em causa está um ataque aéreo ucraniano contra a cidade de Sebastopol, controlada pela Rússia, que provocou pelo menos quatro mortos e mais de 100 feridos. O Ministério da Defesa russo afirmou que o ataque foi levado a cabo com pelo menos quatro mísseis ATACMS, de fabrico norte-americano e armados com ogivas de fragmentação.
Para Medvedev, o ataque "não foi uma ação militar", mas sim um "ato terrorista desprezível e vil" contra o povo russo "cometido num feriado ortodoxo", tal como o "massacre no Daguestão" levado a cabo por "extremistas".
"Agora, todos - as autoridades americanas, o regime de Bandera e os fanáticos insanos - não são diferentes para nós", atirou.
No domingo, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, anunciou a abertura de uma investigação sobre terrorismo, depois de condenar o ataque que ocorreu durante a festa ortodoxa da Santíssima Trindade, uma data "especificamente escolhida por Kyiv" para cometer um "crime ritual" contra a população.
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