A al-Fatah - movimento do presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas - transmitiu em comunicado o seu interesse em realizar uma nova sessão de diálogo, sugerindo que a reunião marcada para meados deste mês ficou comprometida por falta de "clima apropriado".
O grupo palestiniano manifestou o seu desejo de garantir o sucesso dos "apreciados esforços" da China, responsabilizando o Hamas "pelo fracasso de todos os diálogos que tiveram lugar no passado.
Neste sentido, a al-Fatah sublinhou o seu empenho em estabelecer um diálogo na China e por isso continuará a trabalhar "para completar todos os preparativos a fim de criar o clima adequado para o sucesso" desta mediação.
As diferenças entre as duas fações palestinianas existem há anos, embora tenham piorado desde a vitória do Hamas nas eleições parlamentares de 2006, que desencadeou a separação administrativa da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.
As divisões acentuaram-se ainda mais com o ataque sem precedentes que o Hamas realizou em solo israelita em 07 de outubro de 2023, deixando quase 1.200 mortos e levando mais de 200 reféns.
Este ataque desencadeou o atual conflito na Faixa de Gaza, onde uma ofensiva em grande escala de Israel já provocou mais de 37 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário e desestabilizou toda a região.
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