"Só ele pode ajudar-nos, gostaríamos que pedisse para que todos os prisioneiros fossem libertados", afirmaram as familiares dos quatro elementos daquele batalhão ucraniano, de acordo com o portal Vatican News.
As mulheres disseram ao papa que os homens foram "injustamente" condenados a prisão perpétua pela Rússia, juntamente com outros ucranianos, após terem sido detidos, em 2022, entre os combatentes que resistiram aos ataques das tropas de Moscovo à siderurgia de Mariupol.
"Há 101 elementos do Azov condenados ilegalmente e gostaríamos muito que o papa pedisse ao [presidente russo Vladmir] Putin que os libertasse a todos, porque só podem ser trocados através de amnistia ou perdão. Porquê o papa? Porque é a última oportunidade, está perto de Deus. É o único que nos pode ajudar", disseram as mulheres.
Esta não é a primeira vez que o papa se encontra com familiares de combatentes ucranianos. Na semana passada, também no final da audiência geral, no Vaticano, recebeu outro grupo de mães e esposas de soldados ucranianos presos em Moscovo.
Nos seus repetidos apelos ao fim das guerras, o pontífice apelou para o fim do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, para a troca de prisioneiros entre os dois países e ofereceu a ajuda da Santa Sé para o caso de um possível diálogo.
Em 2023, Francisco encarregou o cardeal Matteo Zuppi, presidente da Conferência Episcopal Italiana, de uma missão de paz para procurar soluções que favorecessem a paz na Ucrânia, um caminho que estagnou à medida que a guerra entre as duas partes se tornou crónica.
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