Dois terços dos israelitas defendem que Netanyahu deve abandonar política

Cerca de dois terços dos israelitas consideram que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deve abandonar a política e não tentar a reeleição, segundo uma nova sondagem televisiva do popular canal israelita 12.

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© ABIR SULTAN/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
29/06/2024 10:40 ‧ 29/06/2024 por Lusa

Mundo

Benjamin Netanyahu

Os dados da sondagem mostram que 66% dos inquiridos não querem que o líder israelita se candidate em futuras eleições, em comparação com 27% que aprovam e 7% que não sabem.

A popularidade de Netanyahu entre a sociedade israelita caiu a pique após o início da guerra em Gaza. De facto, nos quase nove meses de ofensiva, todos os fins de semana se realizam protestos em Israel pedindo a sua demissão e eleições antecipadas.

Muitos israelitas acusam o primeiro-ministro israelita de prolongar a ofensiva na Faixa de Gaza apenas pelos seus próprios interesses políticos. Netanyahu tem vários processos de corrupção pendentes que foram congelados na sequência do conflito no enclave palestiniano.

A sondagem revela ainda que 85% dos israelitas querem a criação de uma comissão de inquérito estatal para analisar as falhas que permitiram ao Hamas levar a cabo os ataques de 07 de outubro, que mataram 1.200 pessoas.

Há meses que o Governo de Netanyahu bloqueia a criação de tal órgão, uma decisão que terá agora de explicar à justiça israelita.

Por outro lado, 66% dos inquiridos apoiam a decisão desta semana do Tribunal Superior que põe fim à isenção militar para os estudantes judeus ultraortodoxos.

A decisão complica a sobrevivência do Governo de coligação de Netanyahu, cujo apoio depende dos dois partidos ultraortodoxos (Shas e United Torah Judaism), que já ameaçaram abandonar o Governo se a decisão do tribunal for aplicada.

Os partidos de extrema-direita também ameaçaram romper a coligação se Netanyahu chegar a um acordo com o Hamas, o que não é a única exigência, uma vez que agora também apelam a uma ofensiva total contra o Hezbollah no Líbano.

Leia Também: Extrema-direita pressiona Netanyahu para confrontação com Hezbollah

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