A Peace Now referiu que as autoridades israelitas aprovaram recentemente a apropriação de 12,7 quilómetros quadrados de terras no Vale do Jordão.
Os dados do grupo indicam que foi a maior apropriação individual aprovada desde os acordos de Oslo de 1993, no início do processo de paz.
A medida, que foi aprovada no final do mês passado, mas só foi hoje divulgada, ocorre após a apreensão de oito quilómetros quadrados de terras na Cisjordânia em março e 2,6 quilómetros quadrados em fevereiro.
Isso faz com que 2024 seja, de longe, o ano de pico para a apreensão de terras israelitas na Cisjordânia, disse a Peace Now.
Os palestinianos consideram a expansão dos colonatos na Cisjordânia ocupada como o principal obstáculo a qualquer acordo de paz duradouro e a maior parte da comunidade internacional considera-os ilegais ou ilegítimos.
O governo de Israel considera a Cisjordânia como o coração histórico e religioso do povo judeu e opõe-se à criação de um Estado palestiniano.
Israel conquistou a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental na guerra do Médio Oriente de 1967. Os palestinianos querem os três territórios para um futuro Estado.
Israel construiu mais de 100 colonatos em toda a Cisjordânia, alguns dos quais se assemelham a subúrbios ou a pequenas cidades totalmente desenvolvidas.
Neles vivem mais de 500.000 colonos judeus que têm cidadania israelita.
Os três milhões de palestinianos da Cisjordânia vivem sob o domínio militar israelita, que parece não ter fim.
Mais a mais, a guerra em curso entre Israel e o Gamas na Faixa de Gaza têm-se intensificado nas últimas semanas e estende-se, embora esporadicamente, já à Cisjordânia ocupada.
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