Erdogan ofereceu-se para pôr fim à guerra na Ucrânia. Kremlin disse "não"

O presidente turco terá reunido com o homólogo russo e discutiram a possibilidade de uma paz justa que seja benéfica para ambas as partes.

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Notícias ao Minuto
03/07/2024 23:59 ‧ 03/07/2024 por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, terá dito esta quarta-feira, em conversa com Vladimir Putin, que Ancara poderia ajudar a pôr fim à guerra entre a Ucrânia e a Rússia. No entanto, esta ideia não foi bem aceite pelo Kremlin.

O porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, afirmou que Erdogan não poderia desempenhar o papel de intermediário no conflito.

"Não, não é possível", disse Peskov, após ser questionado por jornalistas, de acordo com a agência de notícias russa Tass citada pela Reuters, sem dar mais explicações.

Segundo a presidência turca, Erdogan terá reunido com Putin e discutiram a possibilidade de uma paz justa que seja benéfica para ambas as partes, à margem da cimeira da Organização de Cooperação de Xangai (OCX), que se realizou no Cazaquistão.

Nessa reunião, os dois líderes também terão falado sobre os conflitos que se vivem na Faixa de Gaza e na Síria.

De recordar que o chefe de Estado turco, que mantém relações tanto com Kyiv como com Moscovo desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, ofereceu-se em diversas ocasiões para mediar uma saída negociada do conflito entre os dois países, que fazem fronteira no Mar Negro com a Turquia.

Ao contrário de outros líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), que impuseram sanções ao governo de Putin, Erdogan tentou sempre manter boas relações com a Rússia e a Ucrânia durante todo o conflito.

Por exemplo, a Turquia desempenhou um papel fundamental na criação de um acordo - que esteve em vigor durante um ano - para garantir que o transporte de cereais pudesse ser feito em segurança a partir dos portos ucranianos do Mar Negro.

Desencadeada em fevereiro de 2022, a guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Leia Também: Rússia aberta ao diálogo com EUA. "Amplo e que inclua questão da Ucrânia"

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