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Dúvidas abrem a porta de saída, mas Biden fechou-a: "Não me vou embora"

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tem vindo a dizer que não sai da corrida presidencial à qual se recandidatou - e na quarta-feira, perante as dúvidas levantadas por um "aliado importante", decidiu deixar "bem claro" que ia concorrer contra Donald Trump.

Dúvidas abrem a porta de saída, mas Biden fechou-a: "Não me vou embora"
Notícias ao Minuto

08:56 - 04/07/24 por Teresa Banha

Mundo EUA

Os Estados Unidos 'tremeram' na quarta-feira quando, mais uma vez, a porta da saída da corrida presidencial se abriu para Joe Biden - e para isso bastaram alguns parágrafos escritos no New York Times.

A publicação norte-americana avançou ontem que o presidente, Joe Biden, estava a ponderar se devia manter-se como candidato à Casa Branca.

A imprensa citava um "aliado importante", não identificado, que dizia que Biden ainda estava "profundamente envolvido na luta pela reeleição", mas que as suas próximas aparições na televisão e em eventos públicos "têm de correr bem".

Um dos conselheiros de Biden, que também falou com o New York Times sob condição de anonimato, dizendo que o líder norte-americano estava "bem ciente do desafio político que enfrenta".

Mea exaustão, mea culpa

Os 81 anos de Joe Biden têm vindo a ser motivo para os adversários criticarem o presidente e a sua reeleição - assim como alguns episódios que têm colocado Biden sob fogo, nomeadamente, o último debate, onde este apareceu de olhos fechados, com expressões invulgares, parecendo 'alheio' ao que se passava.

Terão 'chovido' críticas mesmo entre os Democratas quando o debate, que aconteceu a semana passada ainda decorria - e as conversas de corredores sobre uma possível sucessão começaram, geradas pelo pânico que se terá instalado. Biden já admitiu que o debate não correu bem, e referiu que não tinha sido "muito inteligente" por ter viajado nas semanas que antecederam ao debate, o que lhe terá causado exaustão.

"Decidi viajar ao redor do mundo, passando por cerca de 100 fusos horários. Não dei ouvidos à minha equipa, voltei e quase adormeci no palco. Isso não é desculpa, mas é uma explicação. Não tive a minha melhor noite", reconheceu num evento de campanha, junto de apoiantes, no estado norte-americano na Virgínia.

Mas... sai ou não sai?

Quase em modo 'breaking news', a Casa Branca apressou-se a reagir, com o porta-voz da Casa Branca Andrew Bates a negar que Biden estava fora da corrida. "Esta afirmação é absolutamente falsa. Se o New York Times nos tivesse dado mais de sete minutos para comentar, tê-lo-íamos dito", escreveu na rede social X, em comentário à referida notícia.

Perante as críticas Biden tem vindo a repetir insistentemente que não vai abandonar a corrida, mas o debate e fontes que têm dado conta das dúvidas de Biden têm vindo a abrir a porta para a saída - que Biden fez questão de fechar a sete chaves ainda ontem.

"Deixem-me dizer isto tão claramente quando possível: Sou candidato",  afirmou Biden durante uma reunião virtual do Comité Nacional do Partido Democrata em que Biden entrou de forma inesperada. "Sou o líder do Partido Democrata. Ninguém me vai empurrar para fora. Não me vou embora. Estou nesta corrida até ao fim e vamos vencer".

As declarações do presidente foram veiculadas por vários órgãos de comunicação, incluindo Associated Press e Politico, que mantiveram a identidade das fontes no anonimato.

A vice-presidente Kamala Harris também participou na reunião e reiterou o seu empenho na campanha, procurando esmagar a discussão sobre se Biden deve desistir. 

E quais as hipóteses (e apoios) de Biden?

Uma nova sondagem publicada pelo New York Times mostra que, após o debate, Donald Trump aumentou consideravelmente a sua vantagem sobre Joe Biden, tendo agora mais seis pontos percentuais: 49% contra 43% das intenções de voto. 

A sondagem indica que 74% dos eleitores inquiridos estão preocupados com as capacidades de Joe Biden aos 81 anos, depois de este ter aparecido frágil e titubeante no debate.

Depois da intervenção de Biden não marcada, governadores demonstraram o seu apoio ao recandidato. O responsável pelo estado de Minnesota, Tim Walz, sublinhou que Biden "está apto" para continuar na corrida. Já a governadora de Nova Iorque, Kathy Hochul, garantiu que Joe Biden "estava na corrida para vencer".

Após a reunião, a governadora do estado de Michigan (nordeste), Gretchen Whitmer, disse na rede social X (antigo Twitter): "Joe Biden é o nosso candidato. Ele está cá para vencer e eu apoio-o".

Leia Também: Porta de saída abre-se a Biden, mas família diz-lhe que "é preciso lutar"

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