Biden saúda mobilização de equipa israelita para diálogo com Hamas

O Presidente norte-americano, Joe Biden congratulou-se, numa conversa mantida na quinta-feira com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, com a mobilização de uma equipa israelita para negociar um cessar-fogo na Faixa de Gaza e a libertação de reféns.

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© Demetrius Freeman/The Washington Post via Getty Images

Lusa
04/07/2024 20:22 ‧ 04/07/2024 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

"O Presidente Biden e o primeiro-ministro [Benjamin Netanyahu] discutiram os esforços em curso para finalizar um acordo de cessar-fogo, bem como a libertação dos reféns" em posse do grupo islamita palestiniano Hamas, afirmou a Casa Branca em comunicado.

Segundo o relato da chamada, "os líderes discutiram a recente resposta do Hamas" a uma proposta de cessar-fogo e "o Presidente saudou a decisão do primeiro-ministro de autorizar os seus negociadores a falar com mediadores americanos, qataris e egípcios num esforço para fechar o acordo".

Um comunicado sobre a mesma chamada, divulgado pelo gabinete do primeiro-ministro israelita, refere que Netanyahu reafirmou a Biden que Israel só acabará com a guerra na Faixa de Gaza quando alcançar "todos os seus objetivos".

O comunicado indica que Netanyahu se dirigiu a Biden para o felicitar pelas festividades norte-americanas do 04 de Julho, um dia depois de o grupo islamita produzir uma resposta sobre a cessação das hostilidades.

"O primeiro-ministro informou o Presidente Biden da sua decisão de enviar uma delegação para continuar as negociações para a libertação dos reféns", acrescenta o comunicado.

A proposta, segundo fonte próxima das negociações da cadeia israelita Canal 12, "é boa" e pode abrir a porta a um acordo entre as partes "dentro de duas ou três semanas".

Apesar de tudo, o primeiro-ministro israelita manteve a defesa de alcançar os objetivos de Israel: o regresso dos 120 reféns raptados pelo Hamas que ainda se encontram na Faixa de Gaza (116 dos quais capturados em 07 de outubro, estimando-se que 40 estejam mortos), eliminar as capacidades militares e governamentais dos islamitas e garantir o regresso dos cidadãos retirados das fronteiras norte e sul do país.

O conflito na Faixa de Gaza foi desencadeado por um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, no dia 07 de outubro, deixando quase 1.200 mortos e levando mais de 200 pessoas como reféns, a que se seguiu desde então uma ofensiva em grande escala de Israel, que já provocou cerca de 38 mil vítimas mortais.

Leia Também: Biden admite que teve "noite má" e "cometeu erro" no debate contra Trump

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