Tudo o que precisa de saber sobre a 2.ª volta das legislativas em França

Em caso de não existir uma maioria clara e não houver acordos entre os partidos para uma coligação governamental, pode verificar-se um impasse, uma situação inédita em França.

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© MARIN / AFP) (Photo by LUDOVIC MARIN/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
07/07/2024 09:18 ‧ 07/07/2024 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Eleições França

A França é este domingo chamada às urnas para escolher entre dois blocos diametralmente opostos. 

Os eleitores franceses votam na segunda volta de umas eleições legislativas antecipadas que poderão resultar no primeiro governo de extrema-direita do país desde a Segunda Guerra Mundial.

Há vários partidos na corrida, mas a disputa será essencialmente entre quatro concorrentes principais: a União Nacional, de extrema-direita, a coligação Nova Frente Popular, de Esquerda, a aliança centrista Ensemble e os Republicanos, conservadores.

Na primeira volta das eleições - que teve lugar a 30 de junho - nenhum partido ultrapassou o limiar de 289 lugares para uma vitória absoluta. A União Nacional obteve pouco mais de 33,1% dos votos expressos, mas ainda assim foi o claro vencedor daquela primeira ronda

A coligação Ensemble (Juntos), partido do presidente de França, Emmanuel Macron, alcançou de 21% dos votos - abaixo de onde se encontrava na fase equivalente das legislativas de 2022.

Já a Nova Frente Popular, uma aliança entre o Partido Socialista, os Verdes e a França sem Arco de Jean-Luc Mélenchon, formada após a convocação das eleições, obteve 28% - uma ligeira melhoria em relação aos 25,7% que a NUPES, a coligação equivalente, alcançou em 2022.

E nas próximas horas?

Na segunda volta das eleições legislativas que vai realizar-se este domingo e em que estão em causa os 577 lugares do parlamento, a União Nacional poderá conseguir entre 190 e 220 lugares, segundo uma sondagem do instituto Toluna Harris Interactive, o que seria insuficiente para alcançar a maioria absoluta (289 lugares) e poderá impedir que o candidato do partido, Jordan Bardella, se torne primeiro-ministro.

A coligação que une os partidos de Esquerda, Nova Frente Popular (NFP), poderá obter entre 159 a 183 lugares e a coligação presidencial Juntos (Ensemble, em francês) 110 a 135 lugares.

Nos últimos dias, a líder da União Nacional Marine Le Pe, tem promovido a discussão sobre quem manda na defesa e na diplomacia francesas, nomeadamente se devem continuar a ser responsabilidade do presidente, Emmanuel Macron.

Em caso de não existir uma maioria clara e não houver acordos entre os partidos para uma coligação governamental, pode verificar-se um impasse, uma situação inédita em França.

Recorde-se que as legislativas francesas, que deveriam acontecer apenas em 2027 foram convocadas de forma surpreendente por Emmanuel Macron, após a derrota do seu partido (Renascimento) e a acentuada subida da União Nacional (extrema-direita), nas eleições para o Parlamento Europeu de 9 de junho.

A taxa de participação na segunda volta das eleições legislativas em França situava-se às 12 horas (11 horas em Lisboa) nos 26,63%, acima dos 25,9% registados à mesma hora na primeira volta.

[Notícia atualizada às 12h13]  

Leia Também: Incerteza nas relações de França se extrema-direita chegar ao poder

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