"O Reino Unido e a França disseram SIM ao progresso e ao progresso social e NÃO ao retrocesso nos direitos e nas liberdades", segundo o governante espanhol, numa referência às eleições legislativas desta semana, nas quais "dois dos maiores países da Europa escolheram o mesmo caminho que a Espanha escolheu há um ano: a rejeição da extrema-direita e o compromisso firme com uma esquerda social que enfrenta os problemas das pessoas com políticas sérias e corajosas".
Sánchez defendeu ainda que "não se pode negociar com a extrema-direita, nem governar com ela", no dia em que se realizou a segunda volta das legislativas francesas e quatro dias depois dos trabalhistas liderados por Keir Starmer garantirem a vitório no Reino Unido.
Esta semana, dos de los mayores países de Europa han elegido el mismo camino que eligió España hace un año: rechazo a la ultraderecha y apuesta decidida por una izquierda social que aborde los problemas de la gente con políticas serias y valientes.
— Pedro Sánchez (@sanchezcastejon) July 7, 2024
Reino Unido y Francia han…
Depois da divulgação das projeções dos resultados da segunda volta das legislativas antecipadas em França, que colocam a aliança de partidos de esquerda à frente do bloco macronista e da extrema-direita, "em Paris o entusiasmo, em Moscovo a desilusão, em Kiev o alívio, o suficiente para estar feliz em Varsóvia", escreveu o primeiro ministro polaco e antigo presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, também no X.
No início deste mês, Tusk alertou para um "grande perigo" para a França e para a Europa, na sequência da vitória da extrema-direita na primeira volta das eleições francesas.
Tusk tinha alegado nomeadamente a "influência russa" em "muitos partidos radicais de direita na Europa".
In Paris enthusiasm, in Moscow disappointment, in Kyiv relief. Enough to be happy in Warsaw.
— Donald Tusk (@donaldtusk) July 7, 2024
O Presidente colombiano, Gustavo Preto já felicitou a Nova Frente Popular francesa, dada como vencedora das eleições nas projeções.
"Há batalhas que duram apenas alguns dias, mas que definem o destino da humanidade. A França travou uma dessas batalhas. A Frente Popular ganhou. Os nazis estão a recuar. A humanidade tem uma nova oportunidade", afirmou o colombiano no seu perfil na rede social X.
Hay batallas que duran pocos dias, pero en ellos se define la suerte de la humanidad. Francia ha dado una de estas batallas. El Frente Popular ha ganado. Retroceden los Nazis.
— Gustavo Petro (@petrogustavo) July 7, 2024
La humanidad tiene una nueva oportunidad.
Felicitaciones al progresismo francés. @JLMelenchon pic.twitter.com/vl2tF9T3qP
As estimativas divulgadas após o fecho das urnas da segunda volta das legislativas apontam uma vitória da Nova Frente Popular, com 172 e 215 deputados, enquanto o bloco de Emmanuel Macron poderá contar com 150 a 180 lugares, à frente do partido de extrema-direita, com 115 a 155 deputados eleitos.
Na primeira volta, em 30 de junho, o partido de extrema-direita conseguiu vencer pela primeira vez as eleições legislativas, ao obter 33,1% dos votos e quase duplicar o seu apoio desde que a França elegeu a sua Assembleia Nacional pela última vez, em 2022.
Seguiu-se a aliança de esquerda Nova Frente Popular (que junta socialistas, ecologistas e comunistas e é liderada pela França Insubmissa (LFI), partido de esquerda radical de Jean-Luc Mélenchon), com 28%. O Ensemble (Juntos) obteve 20%.
As legislativas francesas foram convocadas por Macron, após a derrota do seu partido e a acentuada subida da União Nacional nas eleições para o Parlamento Europeu de 09 de junho. A escolha de um novo executivo deveria ocorrer apenas em 2027.
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