"Não vamos especular sobre se a NATO chegará viva ao seu 76.º aniversário, mas é certo que a NATO não avançará pacificamente para o futuro", escreveu em editorial o Global Times, jornal em inglês do grupo do Diário do Povo, o órgão central do PCC.
"Não satisfeita com a divisão da Europa, a NATO está também a tentar incitar conflitos e confrontos na região da Ásia - Pacífico", acrescentou.
O editorial surge após os líderes da NATO, reunidos numa cimeira em Washington, terem expressado "profunda preocupação" com a aproximação entre Rússia e China, denunciando o apoio de Pequim ao esforço de guerra da Rússia na Ucrânia.
A China "está agora a desempenhar um papel decisivo na guerra da Rússia contra a Ucrânia", acrescentaram, apelando para que Pequim "na sua qualidade de membro permanente do Conselho de Segurança da ONU (...) cesse o seu apoio material e político ao esforço de guerra russo".
"Não passam de clichés", reagiu o Global Times.
"A expansão contínua da NATO na Europa e o seu alcance na região Ásia - Pacífico visam infiltrar a política de grupo e o pensamento de confronto na integração regional e na globalização económica", acusou.
A cimeira da NATO deve receber hoje os países parceiros da região Ásia Pacífico - Japão, Coreia do Sul, Nova Zelândia e Austrália -, o que Pequim vê como um pretexto para alargar a influência da aliança na Ásia.
Na quarta-feira, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, congratulou-se com o facto de o comunicado da sua organização ter sido o mais forte sobre a China "alguma vez adotado" pela organização.
O Global Times defendeu que a "chamada segurança da NATO é feita à custa da segurança de outros países" e que "muitas das 'ansiedades de segurança' propagandeadas pela NATO são criadas pela própria organização".
"A NATO é o produto da confrontação de campos e da política de grupo e está na contramão da tendência global geral, bem como das aspirações dos povos", apontou o Global Times.
"Por muito que tente apresentar-se como uma 'organização de manutenção da paz', não consegue esconder a sua verdadeira natureza de 'máquina de guerra'", acusou.
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