Pedro Sánchez celebra saída da extrema-direita dos governos autonómicos
O presidente do governo de Espanha, Pedro Sánchez, celebrou na quinta-feira a saída do Vox dos governos autonómicos em que estava com o Partido Popular (PP), sublinhando o facto de a extrema-direita deixar de estar nesses executivos.
© DENIS BALIBOUSE/POOL/AFP via Getty Images
Mundo Espanha
"Hoje [quinta-feira] é um grande dia para a Espanha", disse Sánchez, durante a conferência de imprensa com que encerrou a sua agenda em Washington, onde participou na cimeira da NATO.
A direção do partido de extrema-direita espanhola Vox informou, na quinta-feira, que ia sair de todas as coligações com os conservadores do PP nos governos autónomos, devido à política de migração.
O anúncio foi feito pelo líder do Vox, Santiago Abascal, que explicou que o seu partido se retira dos governos regionais de Castela e Leão, Aragão, Comunidade Valenciana, Extremadura e Múrcia, com a demissão dos seus vice-presidentes, para se tornar uma oposição "leal e contundente" nestas comunidades.
O líder do Vox alegou que o seu partido foi vítima de "uma agressão política" por parte do líder do PP, Alberto Nuñez Feijóo, que terá obrigado os governos regionais a aceitar a distribuição de menores migrantes não acompanhados.
Abascal disse que esta foi "uma das decisões mais importantes" da história política do Vox, sublinhando que o seu partido não está apegado ao poder, preferindo respeitar os compromissos com o eleitorado.
Abascal acusou o líder do PP pela crise dos governos autónomos, alegando que Feijóo, ao mesmo tempo que manteve acordos com o líder do Partido Socialista Espanhol, Pedro Sánchez, se dedicou a "impedir e torpedear" todos os pactos com o Vox nas comunidades.
Abascal também acusou Feijóo de ter imposto aos seus dirigentes regionais uma distribuição de menores com a qual não concordavam, bem como de os ter obrigado a "mentir e confundir".
O líder de extrema-direita explicou que o seu partido fez cedências "talvez demasiadas vezes" para salvaguardar os governos autonómicos, mas argumentou que "é impossível chegar a acordo com aqueles que não o querem", referindo-se ao desejo do PP de "impor políticas de fronteiras abertas".
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