"As equipas da instituição Al Shohadaa ("Mártires"), juntamente com as equipas da Defesa Civil, encontraram 139 corpos de vítimas da organização Estado Islâmico, que foram encontrados numa cova chamada 'Elu Antar", disse à EFE o tenente coronel da Defesa Civil de Nínive.
As autoridades relatam que a vala foi encontrada na região de Tel Afar, a 60 quilómetros a oeste de Mosul, capital de Nníve, "cheia de cadáveres de homens, mulheres e crianças" que, segundo Al Hegazi, são da comunidade yazidi e turcomana de Tel Afar.
Segundo o tenente-coronel, os corpos recuperados "foram levados à medicina legal para análise e identificação de ADN", enquanto prosseguem as buscas de mais corpos pelas equipas da Defesa Civil e da fundação Al Shohadaa, criada para localizar vítimas desaparecidas devido ao terrorismo.
O EI dominou a província de Nínive em junho de 2014, designou Mosul como a capital do seu estado de facto e matou milhares de habitantes da província, especialmente minorias não-muçulmanas, xiitas e pessoal de segurança.
O Estado Islâmico no Iraque foi derrotado territorialmente em 2017, mas o grupo jihadista ainda tem milhares de combatentes espalhados por múltiplas células na Síria e no Iraque, de acordo com os últimos relatórios do Conselho de Segurança da ONU.
No Iraque, as células estão presentes principalmente no noroeste, no centro e em algumas áreas do leste do país árabe, que realiza múltiplas operações por ano para eliminar os remanescentes do EI no seu território.
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