Presidente do Parlamento Europeu quer UE sem medo de enfrentar autocratas
A presidente reeleita do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, defendeu hoje uma União Europeia que "não tenha medo de enfrentar os autocratas", no discurso após a sua eleição por maioria absoluta, na cidade francesa de Estrasburgo.
© Philipp von Ditfurth/picture alliance via Getty Images
Mundo Roberta Metsola
"Para renovar o nosso compromisso com a Europa, temos de não ter medo de enfrentar os autocratas. Não ter medo de viver de acordo a nossa promessa. Não ter medo de defender a Europa. Sem medo de continuar a construir uma União que funcione para todos nós", afirmou.
Roberta Metsola foi hoje reconduzida no cargo até ao início de 2027 com uma maioria de 562 votos e por aclamação, na sessão plenária da assembleia europeia.
Numa assembleia que "quer construir em vez de destruir" e à luz de uma responsabilidade partilhada de "deixar a Europa num lugar melhor do que aquele que encontrámos", Metsola enumerou que será necessário criar um novo quadro de segurança e defesa que mantenha as pessoas seguras e também "contrarie os sonhos expansionistas dos ditadores da nossa vizinhança".
Um novo quadro que "derrote as ameaças híbridas com que ainda nos confrontamos", acrescentou ainda a responsável, sublinhando a necessidade de ser implementada uma "legislação adequada em matéria de migração e asilo", que inclua a "necessária gestão das fronteiras, com uma política de regresso e, acima de tudo, que seja centrada no ser humano".
"Isso garante que a nenhuma outra mãe seja dada a opção de colocar o seu filho num barco frágil, nas mãos de redes criminosas de tráfico", afirmou ainda, acrescentando a necessidade de lutar contra a discriminação e "travar o aumento do antissemitismo ou da islamofobia".
Reafirmando o apoio à Ucrânia face à invasão russa e a "solução com dois Estados, uma paz sustentável e o regresso dos reféns ainda capturados" em relação ao Médio Oriente, a presidente reeleita indicou ainda a necessidade de defender as mulheres designadamente no Afeganistão e no Irão.
Para tornar a Europa um lugar melhor deve ainda haver apostas no pilar social, na competitividade, no aprofundamento do mercado único, no aproveitamento das oportunidades da era digital, na conclusão de acordos comerciais mundiais e da união bancária e mercados de capitais, enumerou.
Metsola referiu ainda a necessidade de reduzir a burocracia e garantir "soluções reais" em termos climáticos.
A reeleição da maltesa ocorreu no arranque da primeira sessão plenária do novo mandato da assembleia europeia, na cidade francesa de Estrasburgo.
Roberta Metsola -- que foi proposta pelo Partido Popular Europeu -- arrecadou 562 votos a favor (de um total de 623 votos válidos) e 76 brancos e nulos, entre um total de 720 eurodeputados, na primeira volta do escrutínio.
Contra a candidata concorreu a ex-ministra da Igualdade de Espanha, Irene Montero, proposta pela Esquerda Europeia, que recolheu 61 votos a favor.
A maltesa Roberta Metsola tornou-se presidente do Parlamento Europeu em janeiro de 2022 e assumiu o cargo de forma interina após a morte do anterior líder da instituição, David Sassoli.
Na altura, foi eleita com cerca de 458 votos favoráveis entre os então 705 deputados.
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