Em comunicado, Josep Borrell prestou homenagem às 298 pessoas, "incluindo 80 crianças", que morreram em 17 de julho de 2014, na sequência da queda do voo MH17, da companhia aérea Malaysia Airlines.
Investigações posteriores ao incidente revelaram que o avião foi atingido pelas Forças Armadas da Rússia quando sobrevoava o leste da Ucrânia e em 17 de novembro de 2022, o Tribunal de Justiça de Haia (Países Baixos) sentenciou três pessoas a prisão perpétua por envolvimento na queda do avião.
"A UE enfatiza as evidências apresentadas pela equipa de investigação conjunta nos procedimentos que antecederam à decisão no Tribunal de Justiça neerlandês, e enviadas para o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos [...], tornando abundantemente claro que um míssil BUK foi utilizado para atingir o MH17", escreveu Josep Borrell.
O chefe da diplomacia europeia acrescentou que "nenhuma operação de desinformação russa pode desviar as atenções de factos básicos, estabelecidos por um tribunal".
"A União Europeia insiste no pedido para que a Federação Russa aceite a responsabilidade por esta tragédia e coopere integralmente", finalizou.
O voo MH17 tinha descolado de Amesterdão, nos Países Baixos, com destino à capital da Malásia, Kuala Lumpur.
Os destroços do aparelho caíram sobre a região ucraniana de Donetsk, onde se enfrentavam forças de Kiev e separatistas pró-russos apoiados por Moscovo.
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