As causas do acidente permanecem indeterminadas, com as autoridades "a dar preferência nesta fase" a um "acidente de viação". A investigação foi confiada ao Serviço de Processamento de Acidentes Judiciais (STJA).
O condutor, que estava em fuga, já foi detido e colocado sob custódia policial, sob a acusação de "homicídio involuntário, ferimentos não intencionais provocados pelo condutor e perigo de vida", declarou a Procuradoria de Paris.
O veículo, um Toyota escuro, ainda se encontra à entrada do bar, com o capot completamente recolhido, observou um jornalista da AFP, referindo que uma lona vermelha e dourada foi colocada em frente ao terraço, escondendo as mesas e o carro.
Os polícias verificaram que não havia explosivos no veículo, disse à imprensa o presidente da Câmara do 20º bairro de Paris, Eric Pliez, a partir das imediações do local do desastre.
"Todos os feridos eram clientes", "pessoas que estavam na esplanada, pois hoje está bom tempo", afirmou Eric Pliez, visivelmente emocionado.
Nas proximidades do local do embate, no 20º bairro de Paris, em torno da esplanada do café Le Ramus, instalou-se uma grande concentração policial, com militares da unidade antiterrorista e com quatro carros de bombeiros, que isolaram a avenida do cemitério Père Lachaise, com muitos habitantes a serem impedidos de chegar a casa.
O passageiro, que seguia também no carro foi detido logo após o desastre que se deu pelas 19:30 locais (18:30 em Lisboa), acusando positivo em testes de drogas e álcool, de acordo com uma fonte próxima do caso.
Os seis feridos, dos quais três em estado muito grave, foram transportados para um hospital, informou uma fonte policial.
Este acontecimento ocorre a menos de dez dias da abertura dos Jogos Olímpicos, para os quais serão mobilizados diariamente, em média, cerca de 35.000 polícias e gendarmes e 18.000 militares franceses.
A partir das 5h00 de quinta-feira, 18 de julho, e até 26 de julho, o perímetro de segurança interna e antiterrorismo (SILT) será ativado em Paris, em torno das margens do rio Sena, para preparar a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2024.
Os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Paris "não foram especificamente visados por organizações terroristas internacionais", afirmou na terça-feira o procurador nacional antiterrorista francês, Olivier Christen, embora tenha sublinhado o "ressurgimento" da ameaça terrorista para "todo o país".
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