Trata-se do "primeiro de três fornecimentos da Ucrânia à Palestina no âmbito" do programa humanitário "Grain from Ukraine" (Cereais da Ucrânia, em tradução livre), disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano num comunicado.
A ajuda alimentar será "levada a mais de 100.000 famílias apanhadas no meio do conflito entre Israel e o Hamas", afirmou o chefe da administração presidencial ucraniana, Andriy Yermak, citado pela agência francesa AFP.
Yermak descreveu a ajuda como vital para "civis inocentes que sofrem de insegurança alimentar e ameaçados de fome".
O transporte de cereais ucranianos, com 20% do país ocupado pela Rússia, tem sido uma das questões cruciais desde o início da guerra em 2022, devido à dependência de muitos países de África e do Médio Oriente.
Apesar das ameaças de Moscovo de ataques a navios que navegam na zona, a Ucrânia dispõe de um corredor no Mar Negro desde o verão de 2023 para exportar os produtos vitais para a segurança alimentar mundial.
A Ucrânia é um dos principais produtores mundiais de cereais.
A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, que integrou a União Soviética liderada por Moscovo.
A guerra em Gaza foi desencadeada em 07 de outubro de 2023 por um ataque sem precedentes de comandos do Hamas infiltrados no sul de Israel a partir de Gaza, que causou cerca de 1.200 mortos.
Das 251 pessoas raptadas na altura, 116 continuam detidas em Gaza, 42 das quais mortas, segundo o exército israelita.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva no território palestiniano que já provocou masi de 38.800 mortos, segundo dados do Ministério da Saúde do governo de Gaza, dirigido pelo Hamas.
O Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, é considerado como uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.
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