Sheikh Hasina "cancelou as visitas a Espanha e ao Brasil devido à situação atual", disse Nayeemul Islam Khan.
Na sexta-feira, o Bangladesh impôs o recolher obrigatório em todo o país e mobilizou o exército para garantir a segurança, depois de dias de confrontos, relacionados com atribuição de empregos públicos, entre estudantes e a polícia terem feito pelo menos 105 mortos, de acordo com uma contagem da agência de notícias France-Presse.
Os protestos começaram há algumas semanas, mas subiram de tom nos últimos dias e representam o maior desafio para a primeira-ministra, Sheikh Hasina, desde que conquistou o quarto mandato consecutivo, em janeiro, num ato eleitoral boicotado pelos principais grupos de oposição.
Os manifestantes exigem o fim de um sistema de quotas que reserva até 30% dos empregos públicos para familiares de veteranos que lutaram na guerra da independência do Bangladesh, em 1971, contra o Paquistão.
Argumentam que o sistema é discriminatório e beneficia os apoiantes da primeira-ministra, cujo partido liderou o movimento de independência, e exigem que seja substituído por um sistema de meritocracia.
Mas Hasina defendeu o sistema de quotas por considerar que os veteranos merecem o maior respeito pela contribuição para a guerra, independentemente da filiação política.
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