Paulo Rangel deixa "palavra de respeito" pelo "legado e decisão" de Biden
O ministro dos Negócios Estrangeiros considerou hoje que se impõe "uma palavra de respeito" pelo Presidente dos Estados Unidos pelo legado de reforço da "cooperação transatlântica" e pela decisão de abandonar a corrida eleitoral.
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Mundo Governo
"[A desistência de Joe Biden] não foi um assunto tratado de todo [durante a reunião ministerial], mas foi comentado. Não é que não seja um tema de atualidade. Joe Biden tem sido um presidente que reforçou imenso a cooperação transatlântica", disse Paulo Rangel em Bruxelas.
O ministro dos Negócios Estrangeiros acrescentou que "impõem-se uma palavra de respeito pela decisão e pelo seu legado": "Para um país transatlântico como Portugal, é um legado muito importante."
Já sobre a eventual escolha de Kamala Harris, atual vice-presidente norte-americana, para substituir Joe Biden nas eleições presidenciais, Paulo Rangel escusou-se a comentar a questões de política interna norte-americana, "muito menos de um partido".
Paulo Rangel reconheceu que a relação entre Lisboa e Washington "é prioritária", mas não quis comentar a possibilidade de um regresso do republicano Donald Trump à Casa Branca poder abalar os alicerces das relações transatlânticas.
"Manteremos o apoio à Ucrânia exatamente nos mesmos termos. O que foi aprovado na cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte [NATO] foi um quadro de médio prazo. Qualquer que seja a Presidência [norte-americana], a posição em relação à NATO e à Ucrânia vai manter-se", completou.
Donald Trump foi um crítico do investimento feito pelos Estados Unidos na Aliança Atlântica e durante o seu mandato chegou a considerar abandonar a organização político-militar da qual Portugal faz parte enquanto Estado-membro fundador.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou a desistência da corrida às eleições presidenciais, justificando com o interesse do Partido Democrata e do país e afirmou que pretende terminar o mandato.
O líder dos Estados Unidos disse ter "a maior honra" da sua vida nas funções que ocupa há quase quatro anos, porém cedeu às pressões do seu próprio partido após o mau desempenho no primeiro debate televisivo, em junho passado, da corrida à Casa Branca contra o antigo Presidente (2017-2021) e candidato republicano, Donald Trump.
Pouco depois de ter anunciado a sua desistência, o Presidente norte-americano declarou o seu "apoio total" à sua vice-Presidente, Kamala Harris, como candidata presidencial do Partido Democrata às eleições de 05 de novembro.
[Notícia atualizada às 14h18]
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