Cinco homens, incluindo um menor, são suspeitos de estarem envolvidos num incêndio em Nice, França, que vitimou sete pessoas da mesma família, na passada quinta-feira. De acordo com a imprensa francesa, que cita a procuradoria local, dois homens foram detidos e admitiram a culpa e outros três ainda estão a ser procurados pelas autoridades.
O Le Figaro avança que se tratam de três homens que entraram no edifício, localizado na rua de La Santorine, no bairro de Moulins, e de dois cúmplices que se encontravam num carro.
Em conferência de imprensa, esta segunda-feira, o procurador de Nice, Damien Martinelli, adiantou que um dos suspeitos, um homem de 25 anos, entregou-se à polícia na companhia do seu advogado, horas após o incêndio. Após ser interrogado, confessou que conduziu um veículo até ao edifício, mas as autoridades salientam que “há uma série de fatores que apontam para um maior envolvimento”.
Já o segundo suspeito foi detido no domingo, em Noisy-le-Grand, nos arredores de Paris. Trata-se de um jovem de 21 anos, conhecido por “pequenos delitos” e, no momento da sua detenção, tinha ligaduras nas pernas, consistentes com queimaduras.
Outros três homens - com 17, 18 e 23 anos - estão a ser “procurados de forma ativa” pelas autoridades.
De acordo com o Ministério Público, em causa estará um “ajuste de contas” num contexto de tráfico de droga. No entanto, as vítimas não estavam “de forma alguma direta ou indiretamente envolvidas nesta guerra de territórios”.
“Para além destas detenções, é ainda necessário identificar e localizar os eventuais mandantes, que terão de assumir oportunamente a responsabilidade”, assegurou o procurador.
O crime ocorreu na madrugada da passada quinta-feira, pelas 2h30. As sete vítimas - entre as quais três crianças de 5, 7 e 10 anos e um adolescente de 17 anos - eram todas da mesma família, oriunda de Comores.
Pouco antes do início do incêndio, as câmaras de videovigilância da cidade de Nice viram um carro preto entrar no bairro. Às 2h25, três jovens, vestidos com roupas claras e com os rostos não disfarçados, aproximaram-se do prédio. Com uma grande pedra na mão, um deles bate quatro vezes na porta de entrada, acabando por partir o vidro.
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