"Discutimos as consequências da agressão da Rússia contra a Ucrânia, o terror aéreo em curso, a difícil situação humanitária e os resultados do nosso encontro com o Papa Francisco em junho, em Itália", escreveu Zelensky na rede social X.
Segundo o Presidente ucraniano, o encontro com o chefe da diplomacia do Vaticano, no âmbito de uma visita que está a efetuar ao país, permitiu ainda debater as decisões da primeira Cimeira para a Paz e o papel do Vaticano no "estabelecimento de uma paz justa e duradoura para a Ucrânia".
A Cimeira para a Paz na Ucrânia, que se realizou em junho na Suíça, terminou com um comunicado em que o Ocidente reforçou o apoio a Kyiv e rejeitou os termos apresentados por Moscovo para um cessar-fogo.
Today, Cardinal Parolin, the Vatican's Secretary of State, paid a visit to Ukraine, including Kyiv, Odesa, Berdychiv, and Lviv. I appreciate this significant gesture of support for Ukraine, the Ukrainian people, and our desire to live peacefully in our own state. It is essential… pic.twitter.com/ESi4QSrEX7
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) July 23, 2024
"Estou grato pelo apoio do cardeal ao nosso país e ao nosso povo", salientou ainda Zelensky.
O secretário de Estado do Vaticano reafirmou a ajuda humanitária à Ucrânia e defendeu a necessidade de se encontrar "fórmulas que possam ajudar a abrir caminhos para a paz", lamentando que se esteja "muito longe de uma solução negociada".
"Obviamente, quando a paz é feita, deve ser feita entre os dois contendores, mas parece-me que ainda estamos muito longe. Espero que possamos encontrar também outras fórmulas que nos permitam abrir algum raio de esperança", referiu.
Sobre o significado da sua visita, o cardeal afirmou que a principal mensagem passa por "manter viva a atenção da comunidade internacional sobre a guerra, para que não se torne mais um conflito esquecido".
A Rússia, que invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, reivindicou a anexação das regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia em setembro desse ano.
A Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania russa nas cinco regiões anexadas.
Kyiv tem exigido a retirada da Rússia de todo o território da Ucrânia, incluindo a Crimeia, como pré-condição para eventuais negociações de paz.
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