China sanciona mais sete empresas norte-americanas por venderem armas a Taiwan

O Governo chinês anunciou hoje uma nova vaga de sanções contra sete empresas militares e industriais norte-americanas e os seus respetivos executivos, em resposta às recentes vendas de armas e assistência militar a Taiwan.

Notícia

© Reuters

Lusa
27/12/2024 10:00 ‧ há 16 horas por Lusa

Mundo

China

De acordo com um comunicado oficial, que refere que as sanções entram em vigor hoje, as ações dos Estados Unidos "constituem uma grave interferência nos assuntos internos da China e comprometem seriamente a soberania e a integridade territorial da China".

 

As empresas sancionadas são a Insitu, a Hudson Technologies, a Saronic Technologies, a Aerkomm, a Oceaneering International, a Raytheon Australia e a Raytheon Canada.

Os ativos destas empresas serão congelados na China. Indivíduos e organizações chinesas serão proibidos de cooperar com aquelas entidades, lê-se na mesma nota.

As medidas afetam igualmente os quadros superiores das empresas, que ficarão também sujeitos ao congelamento de bens na China e à recusa de vistos de entrada a partir de hoje.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês sublinhou que as recentes medidas dos EUA, incluindo a aprovação da "Lei de Autorização da Defesa Nacional para o Ano Fiscal de 2025", contêm "cláusulas negativas relacionadas com a China" que "violam gravemente o princípio de 'Uma só China' e os três Comunicados Conjuntos China - EUA".

No início deste mês, o país asiático impôs sanções sobre treze empresas norte-americanas pelo mesmo motivo, enquanto em outubro sancionou outras três empresas.

A nova vaga de sanções foi anunciada depois de Pequim ter afirmado, na quinta-feira, que ia "esmagar quaisquer tentativas separatistas", na sequência do envio de tanques M1A2T dos EUA para Taiwan.

A ilha de Taiwan - para onde o exército nacionalista chinês se retirou depois de ter sido derrotado pelas tropas comunistas na guerra civil (1927-1949) - é governada de forma autónoma desde o fim da guerra, embora a China reclame a sua soberania, não excluindo o uso da força para alcançar a "reunificação".

A questão de Taiwan é um dos principais pontos de fricção entre Pequim e Washington, uma vez que os Estados Unidos são o principal fornecedor de armas a Taipé e poderiam defender a ilha em caso de conflito.

Leia Também: China diz que não tolerará interferências na busca por ativistas exilados

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas