"Seria obviamente um acontecimento catastrófico", afirmou Trump numa cerimónia na Casa Branca, ao anunciar um investimento nos Estados Unidos por parte do gigante taiwanês do fabrico de semicondutores TSMC, no valor de 100 mil milhões de dólares (95 mil milhões de euros).
Este investimento "vai pelo menos dar-nos uma posição em que teremos, neste negócio muito, muito importante, uma parte muito grande nos Estados Unidos", adiantou Trump.
Trump tem evitado sucessivamente clarificar a sua posição sobre a proteção norte-americana de Taiwan contra uma invasão da China, cenário não excluído por Pequim, que reivindica a soberania sobre a ilha que tem governo autónomo, democraticamente eleito.
"Nunca faço comentários sobre isso. (...) Não faço comentários sobre isso porque não quero colocar-me nessa posição", adiantou o Presidente norte-americano na semana passada, quando questionado sobre a posição da sua administração num cenário de invasão de Taiwan.
O tratamento dado por Washington a aliados de longa data - ameaçando tomar o território dinamarquês da Gronelândia ou tornar o Canadá a 51ª província ndos Estados Unidos, nomeadamente - tem deixando intranquilos outros parceiros que dependem do apoio norte-americano, caso de Tawan.
Na semana passada, Trump também reiterou que tem um "ótimo relacionamento" com o presidente chinês Xi Jinping e disse que Washington saúda as boas relações com Pequim.
"Eu oiço tantas coisas sobre não querermos a China neste país (...). Isso não é verdade. Queremos que eles invistam nos Estados Unidos. Isso é bom. Está a entrar muito dinheiro e nós vamos investir na China. Vamos fazer coisas com a China. A relação que vamos ter com a China será muito boa", disse o Presidente norte-americano.
Embora os EUA queiram ter uma boa relação com a China, disse, "eles não vão poder aproveitar-se de nós como fizeram com [o antigo Presidente Joe] Biden".
O investimento da TSMC hoje por Trump foi negociado por Biden e já havia sido anunciado por este.
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