Militares norte-americanos saem do Níger "no início de agosto"
Os militares dos Estados Unidos estacionados no Níger vão sair por completo "no início de agosto", anunciou o líder do comando militar norte-americano para África (AFRICOM), cumprindo a exigência da junta militar, que governa o país.
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Mundo Africom
"A retirada está a correr bem, estamos adiantados em relação ao calendário previsto, graças à excelente coordenação que temos com os nossos homólogos nigerinos; espero que esteja concluída no início de agosto", afirmou Kenneth Ekman, que coordena a retirada, numa conferência de imprensa em Abidjan, na Costa do Marfim, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
No início de julho, todos os soldados norte-americanos da base de Niamey tinham abandonado o país, deixando cerca de 200 elementos na base de drones de Agadez, no norte do país.
Os Estados Unidos estavam no Níger para combater os extremistas que regularmente atacam o país, mas o regime militar no poder em Niamey desde o ano passado reviu as parcerias internacionais e pediu a saída dos EUA em março.
"As consequências para a segurança regional são muito preocupantes, a ameaça extremista violenta no Sahel está a crescer e a ameaçar cada vez mais os países vizinhos, e a Costa do Marfim é um deles", afirmou o General Ekman na conferência de imprensa em Abidjan.
Questionado sobre um eventual destacamento para a Costa do Marfim, disse que os Estados Unidos pretendem "trabalhar com as forças da Costa do Marfim nas suas bases, onde já estão a operar, para solidificar as parcerias que existem", referindo-se em particular ao norte do país, na fronteira com o Burkina Faso e o Mali, onde a ameaça do extremismo islâmico é maior.
No entanto, desmentiu as notícias que circularam na imprensa nas últimas semanas, segundo as quais os Estados Unidos iriam construir uma base em Odienné, no noroeste da Costa do Marfim.
"Porquê construir se já existe algo? Não temos qualquer projeto para construir uma base em Odienné", garantiu, acrescentando que era sensível às preocupações que a construção de uma base norte-americana poderia gerar na opinião pública.
Nos últimos anos, os Estados Unidos realizaram exercícios militares na Costa do Marfim sob o nome de "Flintlock", reunindo centenas de soldados de vários exércitos ocidentais e africanos para reforçar as capacidades operacionais na luta contra o extremismo.
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