Mais de 120 mortos na ofensiva israelita em Khan Younis

Mais de 120 palestinianos, a maioria mulheres e crianças, morreram na operação israelita lançada há três dias contra os bairros orientais da cidade de Khan Younis, no sul de Gaza, segundo os últimos dados das autoridades do enclave.

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© Ahmad Hasaballah/Getty Images

Lusa
24/07/2024 23:53 ‧ 24/07/2024 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

O elevado número de mortos, bem como de feridos, causada por esta nova ofensiva israelita contra a cidade de Khan Younis, no sul, está a levar à beira do colapso o hospital Naser, o mais importante e o único ainda operacional nesta área, noticiou a agência Efe.

 

Alguns dos principais combates decorrem na zona de Bani Suheila, um dos bairros que Israel determinou evacuação na madrugada desta segunda-feira, e onde ainda estão detidos vários residentes, doentes e feridos, segundo as autoridades de Gaza, território controlado pelo movimento islamita palestiniano Hamas.

Veículos militares também abriram fogo contra casas neste bairro da cidade de Khan Younis, segundo a agência de notícias oficial palestiniana Wafa.

O Exército israelita, por sua vez, garantiu hoje que em Bani Suheila "as tropas identificaram uma célula terrorista que se aproximava numa viatura, e num ataque combinado aéreo e terrestre" todas as pessoas no seu interior foram eliminadas.

As forças israelitas abandonaram esta importante região do sul do enclave, considerada um dos principais bastiões do grupo islâmico Hamas, em abril, após quatro meses de dura ofensiva, considerando que conseguiram atingir todos os seus "objetivos militares" neste ponto do território palestiniano.

Na altura, o Chefe do Estado-Maior, Herzi Halevi, chegou a dizer que a ala militar do Hamas tinha sido dissuadida depois de perder a maior parte das suas capacidades militares.

Agora, porém, Israel garante que o grupo islamita lança numerosos 'rockets' a partir da zona, onde também suspeita que o líder do Hamas em Gaza, Yahya Sinwar, o principal responsável pelo ataque de 07 de outubro que desencadeou a guerra, esteja escondido num dos túneis.

Defendendo esta tesa, Israel ordenou na segunda-feira a evacuação da zona leste da cidade, que nos últimos dois meses se tornou um refúgio para dezenas de milhares de pessoas que fugiram de Rafah com o início da invasão israelita em 06 de maio.

A decisão provocou a deslocação forçada de cerca de 150 mil palestinianos para a zona humanitária de Mawasi, cujo perímetro é cada vez mais reduzido.

Em Rafah, cidade fronteiriça com o Egito, continuam também os combates "corpo a corpo" e as incursões de tropas, mais de dois meses depois do início da invasão desta zona do enclave, agora centrada nos bairros de Talal Sultan e Shabura.

"As tropas localizaram um túnel, uma grande quantidade de armas e equipamento de visão noturna dentro de um quarto infantil num edifício civil na área", destacaram hoje as forças israelitas, em comunicado.

Da mesma forma, o Exército informou que nas últimas 48 horas dois soldados ficaram gravemente feridos durante os combates na cidade de Rafah.

A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 39 mil mortos, na maioria civis, e perto de 90 mil feridos, bem como um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.

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