A forte tempestade, acompanhada de ventos violentos e chuvas fortes, obrigou na quarta-feira a ilha de Taiwan a cancelar alguns dos seus exercícios militares anuais, a encerrar escolas e escritórios e a retirar milhares de pessoas de zonas com elevado risco de deslizamento de terras.
Na manhã de hoje, as rajadas de vento medidas foram menos fortes, atingindo 154 quilómetros por hora, depois de o centro do tufão se ter deslocado em direção ao mar por volta das 04:20 (21:20 de quarta-feira, em Lisboa), informou a Administração Meteorológica Central de Taiwan.
O vento e a chuva continuam a ameaçar várias partes de Taiwan, incluindo as ilhas de Penghu, Kinmen e Matsu, advertiu.
A tempestade, que se dirige para a província de Fujian, no leste do continente chinês, causou inundações no sul de Taiwan.
Várias cidades, incluindo Taipé, anunciaram que as escolas e serviços públicos permanecerão encerrados pelo segundo dia consecutivo. A bolsa de valores também está encerrada hoje.
O tufão matou duas pessoas e feriu mais de 200 outras antes mesmo de atingir a costa. De acordo com as autoridades, um motociclista foi esmagado por uma árvore que caiu em Kaohsiung, uma cidade no sul do país, e uma condutora morreu quando destroços caíram sobre o seu carro na província de Hualien, leste de Taiwan.
Taiwan é palco de tempestades tropicais todos os anos, de julho a outubro, mas os especialistas acreditam que as alterações climáticas aumentaram a sua intensidade.
As rajadas de vento mais fortes que acompanharam o Gaemi atingiram 190 km/h quando o tufão se dirigiu para Taiwan, o que levou os meteorologistas a afirmarem que este seria provavelmente o tufão "mais poderoso" a atingir o território nos últimos oito anos.
Antes de atravessar a ilha autónoma, o Gaemi atingiu o norte das Filipinas na quarta-feira. Aí, intensificou a monção típica desta altura do ano, provocando inundações nas ruas de Manila.
A sul da capital, na província de Batangas, deslizamentos de terras custaram a vida a uma mulher grávida e a três crianças.
A norte de Manila, na província de Papanga, uma mulher e o seu filho de cinco anos morreram, também num deslizamento de terras.
No total, pelo menos 12 pessoas perderam a vida em consequência das chuvas torrenciais que têm assolado vastas zonas das Filipinas nas últimas duas semanas, levando à retirada de dezenas de milhares de pessoas.
Todos os anos, cerca de 20 grandes tempestades e tufões atingem as Filipinas e as águas vizinhas, causando danos em casas e edifícios e provocando a morte de centenas de pessoas.
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