A previsão do ex-presidente boliviano foi feita num programa na rádio Kawsachun Coca, tendo feito também um paralelismo com aquilo que, na sua opinião, aconteceu na Bolívia em 2019.
"Vencemos [na Bolívia] e eles inventaram uma fraude para convulsionar e levar a um golpe de Estado. Lembrem-se, isso vai acontecer, a revolução bolivariana vai vencer, liderada pelo irmão Maduro e depois vão dizer [a oposição] que foi fraude", ", afirmou, citado pela agência espanhola EFE.
A Bolívia mergulhou numa crise social e política após as eleições de 20 de outubro de 2019, nas quais Evo Morales foi inicialmente proclamado vencedor, mas que foram posteriormente anuladas devido a alegações de que teria havido uma suposta fraude eleitoral a seu favor.
Desde então, o país permanece polarizado entre o partido no poder, que sustenta que houve um golpe contra Morales, e os seus detratores, que o acusam de fraude eleitoral.
Nesse sentido, o também líder do Movimento ao Socialismo (MAS) desejou "grande sucesso à revolução bolivariana da Venezuela, ao irmão Maduro e à sua equipa" nas eleições naquele país.
"Estou otimista na vitória. Vai ser uma festa, mas depois vai vir este tipo de acusações [de fraude] através dos meios de comunicação. Nós passamos por essa experiência em 2019", insistiu.
Nas eleições de hoje na Venezuela está a escolha de cerca de 21 dos 30 milhões de venezuelanos, repartida por 10 candidatos, mas o resultado deverá decidir-se entre Maduro, do Partido Socialista Unido da Venezuela, que sucedeu no poder ao antigo líder Hugo Chavez, e o diplomata reformado Urrutia, que substituiu a candidata Maria Corina Machado, que o regime impediu de se candidatar.
As urnas abriram às 06h00 da manhã locais (11h00 em Lisboa) e fecham às 18h00 (23h00 de Lisboa).
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