O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal considerou, esta segunda-feira, que é "necessária a verificação imparcial" dos resultados eleitorais na Venezuela, depois de o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país ter declarado a vitória de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais de domingo.
"O MNE saúda a participação popular e considera ser necessária a verificação imparcial dos resultados eleitorais na Venezuela. Só a transparência garantirá a legitimidade; apelamos à lisura democrática e ao espírito de diálogo. Acompanhamos sempre a comunidade portuguesa", escreveu a tutela, liderada por Paulo Rangel, numa publicação divulgada na rede social X (antigo Twitter).
O CNE anunciou que o presidente cessante Nicolás Maduro foi reeleito para um terceiro mandato consecutivo com 51,20% dos votos, após as eleições de domingo.
Maduro obteve 5,15 milhões de votos, à frente do candidato da oposição Edmundo Gonzalez Urrutia, que obteve pouco menos de 4,5 milhões (44,2%), de acordo com os números oficiais anunciados pelo presidente do CNE, Elvis Amoroso.
Os resultados foram anunciados depois de contados 80% dos boletins de voto e 59% dos eleitores terem comparecido às urnas. O resultado "é irreversível", declarou.
A oposição, por outro lado, refuta os resultados anunciados, acreditando que o candidato Edmundo Gonzalez arrecadou, na realidade, 70% dos votos.
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