"Desde que assumiu o cargo, [Maduro] levou o governo venezuelano e o seu povo a escolherem um caminho de desenvolvimento que se adapta às suas condições nacionais, fazendo grandes conquistas na construção nacional", disse Xi, de acordo com a agência noticiosa oficial Xinhua.
O líder chinês disse que China e Venezuela são "bons amigos que confiam um no outro" e "bons parceiros que trabalham para o desenvolvimento comum".
"A China vai, como sempre, apoiar firmemente os esforços da Venezuela para salvaguardar a sua soberania e dignidade nacionais, bem como a sua soberania e a justa causa venezuelana de se opor à interferência externa", acrescentou.
Ainda na mesma mensagem, Xi Jinping afirmou esperar trabalhar com Maduro "para continuar a elevar a parceria estratégica entre China e Venezuela a novos patamares contra todas as probabilidades, para beneficiar os nossos dois povos".
A par desta mensagem pessoal de Xi Jinping, Pequim apelou igualmente ao "respeito pela escolha feita pelo povo venezuelano", depois de alguns países e organizações terem questionado a legitimidade das eleições presidenciais, realizadas no domingo passado.
Nos meses que antecederam as eleições, a China reafirmou o seu apoio "à soberania e independência" da Venezuela e o seu desejo de que o governo do país sul-americano conduza o processo eleitoral de acordo com "a sua constituição e leis nacionais" e "sem interferências externas".
Este ano assinala-se o 50.º aniversário das relações diplomáticas entre Venezuela e China.
Os contestados resultados oficiais das eleições presidenciais na Venezuela, que deram a vitória a Maduro com 51,2% dos votos, provocaram na segunda-feira protestos em Caracas e em várias regiões do país, alguns dos quais reprimidos pelos militares e com relatos de vítimas mortais e detenções.
A oposição venezuelana reivindica a vitória do seu candidato, Edmundo Gonzalez Urrutia, e contesta os resultados divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
Pequim mantém boas relações com o Presidente venezuelano, que está isolado na cena internacional, e é um dos principais credores do país latino-americano, cujo Produto Interno Bruto (PIB) caiu 80%, em 10 anos, devido a uma grave crise económica.
A Venezuela, país que conta com uma significativa comunidade de portugueses e de lusodescendentes, almeja o apoio da China para reanimar a sua economia, que foi atingida por uma das piores taxas de inflação do mundo.
Em setembro, durante uma reunião em Pequim com Nicolás Maduro, o Presidente chinês, Xi Jinping, elevou as relações entre a China e a Venezuela ao seu mais alto nível protocolar.
Apenas alguns países - Paquistão, Rússia e Bielorrússia - têm direito a este tratamento.
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