UE segue "atentamente" notícias sobre morte de líder do Hamas

A diplomacia da União Europeia (UE) disse hoje estar a seguir "atentamente" as notícias sobre a morte do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão, frisando ser contra "execuções extrajudiciais", mas antes a favor da "justiça penal internacional".

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© Dursun Aydemir/Anadolu Agency via Getty Images

Lusa
31/07/2024 14:56 ‧ 31/07/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Estamos a seguir atentamente as notícias sobre o assassinato do chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão. A UE tem uma posição de princípio de rejeição das execuções extrajudiciais e de apoio ao Estado de direito, incluindo a justiça penal internacional", disse à agência Lusa o porta-voz europeu para os Assuntos Externos e a Política de Segurança, Peter Stano.

 

"Recordamos que a UE e outros parceiros classificaram o Hamas como uma organização terrorista e que o Procurador do TPI [Tribunal Penal Internacional] estava a tentar obter um mandado de captura contra Ismail Haniyeh sob várias acusações de crimes de guerra", acrescentou o representante.

Falando à Lusa em nome da diplomacia comunitária, Peter Stano apelou "a todas as partes para que exerçam a máxima contenção e evitem qualquer nova escalada" de tensões.

"Nenhum país e nenhuma nação têm a ganhar com uma nova escalada no Médio Oriente", adiantou.

O grupo islamista palestiniano Hamas confirmou hoje a morte do seu líder político, Ismail Haniyeh, num ataque em Teerão, Irão, onde se encontrava em visita oficial, e responsabilizou Israel pelo ataque, alertando que tal ato "não ficará impune".

Até ao momento, as autoridades israelitas não reivindicaram a autoria do ataque, nem o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, não se pronunciou sobre o assunto.

Israel e o Hamas estão envolvidos numa guerra na Faixa de Gaza desde outubro passado.

A guerra em curso foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 39 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.

Leia Também: Primeiro-ministro israelita convoca reunião após morte de líder do Hamas

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