"A nossa Constituição proíbe qualquer cessão de território da Federação Russa", declarou Valentina Matviyenko, presidente do Senado russo, numa conferência de imprensa.
A presidente do Senado russo acrescentou que "não pode haver e não haverá quaisquer concessões territoriais em relação a estes quatro territórios", referindo-se às regiões ucranianas (Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia) anexadas por Moscovo em 2022.
Matviyenko sublinhou que a Rússia está pronta para negociar "tendo em conta a situação no terreno, os interesses nacionais da Rússia e a realização dos objetivos e missões estabelecidos no âmbito da operação militar especial".
"Estamos abertos a negociações se tivermos a garantia de que não se trata de mais uma manobra de diversão", afirmou, acrescentando que são necessárias garantias de que os acordos serão cumpridos se forem assinados.
A Rússia sempre acusou Kiev e o Ocidente de não cumprirem os acordos alcançados, como os acordos de Minsk de fevereiro de 2015.
Ao mesmo tempo, sublinhou que Moscovo não conhece o conteúdo exato do plano de paz de que fala o ex-presidente norte-americano Donald Trump, que garantiu que vai pôr fim ao conflito assim que chegar à Casa Branca, caso seja eleito nas presidenciais de novembro.
Em declarações aos meios de comunicação social franceses, Zelensky afirmou que a questão da integridade territorial do seu país não tem necessariamente de ser resolvida "apenas através das armas", mas que também é possível encontrar soluções "através dos canais diplomáticos, se a Rússia assim o desejar".
"Para que isso aconteça, o povo ucraniano tem de o querer", disse, considerando que a cedência de território seria uma vitória para o chefe do Kremlin, Vladimir Putin.
Apesar disso, Zelensky defendeu que na segunda cimeira de paz, a realizar em novembro, "devem estar presentes representantes da Rússia".
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