ONU, NATO e UE celebram troca de prisioneiros entre EUA e Rússia
O alto comissariado da ONU para os Direitos Humanos, a NATO e a União Europeia (UE) celebraram hoje a libertação de jornalistas e ativistas pela Rússia, na troca de prisioneiros com os Estados Unidos e outros países ocidentais.
© Getty Images
Mundo Rússia/Ocidente
O alto comissariado da ONU para os Direitos Humanos manifestou hoje alivio após a libertação pela Rússia de jornalistas e ativistas dos direitos humanos, após uma troca de prisioneiros, já considerada a maior entre Moscovo e capitais ocidentais desde na era pós-soviética.
Volker Türk "expressa alívio após a libertação de Evan Gershkovich, Vladimir Kara-Murza, Alsu Kurmasheva e Oleg Orlov, entre outros. Todos os jornalistas e defensores dos direitos detidos apenas por fazerem o seu trabalho devem ser libertados. Devem poder trabalhar com toda a segurança, sem medos", pode ler-se numa nota do alto comissariado na rede social X.
#Russia: @volker_turk expresses relief at release from jail of Evan Gershkovich, Vladimir Kara-Murza, Alsu Kurmasheva & Oleg Orlov among others. All journalists & rights defenders detained solely for doing their jobs must be freed. They must be able to work safely, without fear.
— UN Human Rights (@UNHumanRights) August 1, 2024
Também a NATO se congratulou com a libertação de vários presos políticos da Rússia, de acordo com uma nota da porta-voz da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Farah Dakhlallah, na rede social X.
"O acordo que garantiu a sua liberdade foi negociado por vários Aliados da NATO a trabalhar em conjunto. A liberdade dos meios de comunicação social e o direito a uma oposição pacífica são vitais para qualquer sociedade funcional. Apelamos à libertação de todos aqueles que ainda se encontram detidos injustamente", destacou ainda.
Freedom of the media and the right to peaceful opposition are vital for any functioning society. We call for all those still wrongfully detained to be released. (2/2)
— NATO Spokesperson Farah Dakhlallah (@NATOpress) August 1, 2024
A União Europeia (UE) celebrou a libertação de 16 pessoas na troca de prisioneiros, através do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
"Congratulo-me com a libertação de 16 pessoas injustamente presas pelo regime russo. Alsou, Evan, Paul, Vladimir e outros, o seu lugar é em casa, com as suas famílias e entes queridos", frisou Michel no X, agradecendo "a todos aqueles, também na Europa, que contribuíram para tornar possível o acordo diplomático".
I welcome the release of 16 people unjustly jailed by the Russian regime. Alsu, Evan, Paul, Vladimir and others, you belong home with your families and loved ones!
— Charles Michel (@CharlesMichel) August 1, 2024
I thank all those, also in Europe, who helped to make the diplomatic deal possible.
EU will continue supporting…
A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, celebrou a "tão esperada" libertação e sublinhou que a liberdade destes prisioneiros "nunca deveria ter estado em perigo".
I welcome the long overdue release of @evangershkovich, Alsu Kurmasheva & other dissidents & journalists, unlawfully held by Russia.
— Roberta Metsola (@EP_President) August 1, 2024
Their freedom should have never been in jeopardy.
I wish Evan, Alsu & all those freed, my very best as they rejoin their families and loved ones.
Já o Reino Unido saudou fortemente a troca de prisioneiros com a Rússia, realçando que está "particularmente aliviado" pelos seus cidadãos envolvidos, o opositor russo Vladimir Kara-Murza e o ex-fuzileiro naval americano Paul Whelan, ambos com dupla nacionalidade.
"O senhor Kara-Murza é um acérrimo opositor do regime de Putin. Nunca deveria ter acabado na prisão e as autoridades russas prenderam-no em condições de risco de vida porque ele disse corajosamente a verdade sobre a guerra na Ucrânia", frisou o chefe da diplomacia britânica, David Lamy, em comunicado, depois de repetidamente Londres ter manifestado preocupação com o estado de saúde deste opositor, vítima de dois envenenamentos.
Também a Amnistia Internacional (AI) saudou a libertação de prisioneiros, mas exigiu o fim da repressão sistemática na Rússia.
"Hoje partilhamos o alívio e a alegria pela libertação dos defensores dos direitos humanos, ativistas e jornalistas que em breve poderão finalmente abraçar as suas famílias", frisou Marie Struthers, diretora da AI para a Europa de Leste e Ásia Central, citada num comunicado.
O Presidente dos Estados Unidos Joe Biden anunciou hoje a libertação de 16 pessoas que se encontravam na Rússia no âmbito de uma troca de prisioneiros com Moscovo, incluindo três cidadãos norte-americanos.
Segundo Biden, este "feito diplomático" permitiu a libertação de 16 prisioneiros na Rússia, entre os quais se encontram três cidadãos norte-americanos e uma pessoa com residência legal nos Estados Unidos: Paul Whelan, Evan Gershkovich, Alsou Kurmasheva e Vladimir Kara-Murza.
Entre o lote de prisioneiros libertados, além de Evan Gershkovich e de Paul Whelan, preso na Rússia desde o final de 2018, está Vadim Krassikov, um alegado agente russo preso na Alemanha pelo assassinato de um ex-comandante separatista checheno em Berlim em 2019, Rico Krieger, um alemão condenado na Bielorrússia por terrorismo, e o opositor russo Ilia Iachine, condenado no final de 2022 a oito anos e meio de prisão por ter denunciado crimes imputados à Rússia na Ucrânia.
O opositor russo Vladimir Kara-Murza, que estava a cumprir uma pena de 25 anos por traição, também consta da lista de prisioneiros libertados.
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