ONU, NATO e UE celebram troca de prisioneiros entre EUA e Rússia

O alto comissariado da ONU para os Direitos Humanos, a NATO e a União Europeia (UE) celebraram hoje a libertação de jornalistas e ativistas pela Rússia, na troca de prisioneiros com os Estados Unidos e outros países ocidentais.

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Lusa
01/08/2024 19:52 ‧ 01/08/2024 por Lusa

Mundo

Rússia/Ocidente

O alto comissariado da ONU para os Direitos Humanos manifestou hoje alivio após a libertação pela Rússia de jornalistas e ativistas dos direitos humanos, após uma troca de prisioneiros, já considerada a maior entre Moscovo e capitais ocidentais desde na era pós-soviética.

 

Volker Türk "expressa alívio após a libertação de Evan Gershkovich, Vladimir Kara-Murza, Alsu Kurmasheva e Oleg Orlov, entre outros. Todos os jornalistas e defensores dos direitos detidos apenas por fazerem o seu trabalho devem ser libertados. Devem poder trabalhar com toda a segurança, sem medos", pode ler-se numa nota do alto comissariado na rede social X.

Também a NATO se congratulou com a libertação de vários presos políticos da Rússia, de acordo com uma nota da porta-voz da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Farah Dakhlallah, na rede social X.

"O acordo que garantiu a sua liberdade foi negociado por vários Aliados da NATO a trabalhar em conjunto. A liberdade dos meios de comunicação social e o direito a uma oposição pacífica são vitais para qualquer sociedade funcional. Apelamos à libertação de todos aqueles que ainda se encontram detidos injustamente", destacou ainda.

A União Europeia (UE) celebrou a libertação de 16 pessoas na troca de prisioneiros, através do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

"Congratulo-me com a libertação de 16 pessoas injustamente presas pelo regime russo. Alsou, Evan, Paul, Vladimir e outros, o seu lugar é em casa, com as suas famílias e entes queridos", frisou Michel no X, agradecendo "a todos aqueles, também na Europa, que contribuíram para tornar possível o acordo diplomático".

A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, celebrou a "tão esperada" libertação e sublinhou que a liberdade destes prisioneiros "nunca deveria ter estado em perigo".

Já o Reino Unido saudou fortemente a troca de prisioneiros com a Rússia, realçando que está "particularmente aliviado" pelos seus cidadãos envolvidos, o opositor russo Vladimir Kara-Murza e o ex-fuzileiro naval americano Paul Whelan, ambos com dupla nacionalidade.

"O senhor Kara-Murza é um acérrimo opositor do regime de Putin. Nunca deveria ter acabado na prisão e as autoridades russas prenderam-no em condições de risco de vida porque ele disse corajosamente a verdade sobre a guerra na Ucrânia", frisou o chefe da diplomacia britânica, David Lamy, em comunicado, depois de repetidamente Londres ter manifestado preocupação com o estado de saúde deste opositor, vítima de dois envenenamentos.

Também a Amnistia Internacional (AI) saudou a libertação de prisioneiros, mas exigiu o fim da repressão sistemática na Rússia.

"Hoje partilhamos o alívio e a alegria pela libertação dos defensores dos direitos humanos, ativistas e jornalistas que em breve poderão finalmente abraçar as suas famílias", frisou Marie Struthers, diretora da AI para a Europa de Leste e Ásia Central, citada num comunicado.

O Presidente dos Estados Unidos Joe Biden anunciou hoje a libertação de 16 pessoas que se encontravam na Rússia no âmbito de uma troca de prisioneiros com Moscovo, incluindo três cidadãos norte-americanos.

Segundo Biden, este "feito diplomático" permitiu a libertação de 16 prisioneiros na Rússia, entre os quais se encontram três cidadãos norte-americanos e uma pessoa com residência legal nos Estados Unidos: Paul Whelan, Evan Gershkovich, Alsou Kurmasheva e Vladimir Kara-Murza.

Entre o lote de prisioneiros libertados, além de Evan Gershkovich e de Paul Whelan, preso na Rússia desde o final de 2018, está Vadim Krassikov, um alegado agente russo preso na Alemanha pelo assassinato de um ex-comandante separatista checheno em Berlim em 2019, Rico Krieger, um alemão condenado na Bielorrússia por terrorismo, e o opositor russo Ilia Iachine, condenado no final de 2022 a oito anos e meio de prisão por ter denunciado crimes imputados à Rússia na Ucrânia.

O opositor russo Vladimir Kara-Murza, que estava a cumprir uma pena de 25 anos por traição, também consta da lista de prisioneiros libertados.

Leia Também: Vladimir Putin concede perdão a 13 libertados em troca de presos com EUA

 

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