Na entrevista gravada antes do ataque russo de domingo que matou pelo menos 34 pessoas em Sumi (nordeste), Zelensky disse, sem mencionar diretamente Trump, que "antes de tomar qualquer decisão, antes de qualquer forma de negociação" se desloque à Ucrânia.
"Venha ver as pessoas, os civis, os combatentes, os hospitais, as igrejas, as crianças, destruídas ou mortas. Venham e vejam, e depois vamos avançar com um plano para acabar com a guerra. O que Putin fez, compreenderão", argumentou.
Enquanto Donald Trump parece estar a perder a paciência com o Presidente russo, Vladimir Putin, que não aceitou a proposta de tréguas, Zelensky considerou que "não se pode confiar" no líder da Rússia.
"Já disse isso ao Presidente Trump em várias ocasiões (...). Putin nunca quis parar a guerra, nunca quis que fôssemos independentes. Putin quer destruir-nos completamente", afirmou.
Questionado sobre os comentários de Trump, que o apelidou de "ditador" e responsabilizou Kiev pelo início da guerra, Zelensky lamentou o facto de "o ponto de vista russo ser predominante nos Estados Unidos".
"O facto é revelador da enorme influência da política de informação russa na América, na política dos EUA e no pessoal político", disse o Presidente ucraniano sobre o conflito que se iniciou em fevereiro de 2022.
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