Obama saúda Harvard por rejeitar "tentativa ilegal de reprimir liberdade"

O antigo chefe de Estado disse esperar "que outras sigam o exemplo" da universidade.

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Notícias ao Minuto com Lusa
15/04/2025 15:45 ‧ há 3 dias por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

EUA

O antigo presidente norte-americano, Barack Obama, saudou a Universidade de Harvard, esta terça-feira, por ter rejeitado as exigências do chefe de Estado, Donald Trump, que classificou como “uma tentativa ilegal e desajeitada de reprimir a liberdade académica”.

 

“Harvard deu o exemplo para outras instituições de ensino superior, rejeitando uma tentativa ilegal e desajeitada de reprimir a liberdade académica, ao mesmo tempo em que tomou medidas para garantir que os alunos possam beneficiar de um ambiente de investigação intelectual, debate rigoroso e respeito mútuo. Esperemos que outras sigam o exemplo”, escreveu o democrata, na rede social Blue Sky.

Recorde-se que, na segunda-feira, a Administração Trump congelou 2,2 mil milhões de dólares (1,94 mil milhões de euros) de subsídios plurianuais a Harvard, de acordo com um grupo de trabalho conjunto para combater o antissemitismo, na sequência de uma mensagem do presidente da escola, Alan Garber, em que garantia que não iria "renunciar à sua independência ou aos seus direitos constitucionais".

Harvard has set an example for other higher-ed institutions - rejecting an unlawful and ham-handed attempt to stifle academic freedom, while taking steps to make sure students can benefit from an environment of intellectual inquiry, rigorous debate and mutual respect. Let’s hope others follow suit.

— Barack Obama (@barackobama.bsky.social) April 15, 2025 at 4:52 AM

A declaração de Harvard "reforça a preocupante mentalidade de direito que é endémica nas universidades e faculdades mais prestigiadas da nossa nação - que o investimento federal não vem com a responsabilidade de defender as leis dos direitos civis", escreveu o grupo de trabalho do Departamento de Educação na segunda-feira.

A Administração Trump disse no mês passado que estava a examinar até 9 mil milhões de dólares (7,94 mil milhões de euros) em subsídios e contratos federais para Harvard como parte dos seus esforços para combater o antissemitismo nos campus universitários dos Estados Unidos.

A escola emergiu como um dos principais alvos da Casa Branca enquanto a Administração procurava obter compromissos semelhantes nas principais faculdades do país, que foram agitadas por protestos estudantis pró-palestinos após o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e a resposta retaliatória do Estado judeu em Gaza.

Harvard já havia sinalizado anteriormente que trabalharia para combater o antissemitismo no seu campus e tomou medidas para restringir os procedimentos disciplinares e remover alguns professores, mas Garber deixou claro que as novas exigências do governo eram inaceitáveis.

O presidente da prestigiada universidade revelou que a Administração tinha exigido, na sexta-feira, condições alargadas, que incluíam a reforma da governação da instituição, o fim dos programas de diversidade, equidade e inclusão, alterações às admissões e contratações e a redução do "poder" de certos estudantes, professores e administradores devido às respetivas opiniões ideológicas.

"Isto torna claro que a intenção não é trabalhar connosco para combater o antissemitismo de uma forma cooperativa e construtiva. […] Embora algumas das exigências delineadas pelo governo tenham como objetivo combater o antissemitismo, a maioria representa uma regulamentação governamental direta das 'condições intelectuais' em Harvard", escreveu.

Leia Também: Harvard recusa exigências da Administração Trump e perde financiamento

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