Israel confirma que matou jornalista da Al Jazeera (e diz ser miliciano)
O Exército israelita confirmou hoje que matou Ismail al-Ghoul, jornalista do canal Al Jazeera, com sede no Qatar, que identificou como um miliciano da Nukhba, a força de elite do Hamas, que participou nos ataques de 07 de outubro.
© Getty Images
Mundo Israel/Palestina
Um bombardeamento israelita na cidade de Gaza matou na quarta-feira dois jornalistas da Al Jazeera, Ismail Al Ghoul e o operador de câmara Rami Al Riffi, quando trabalhavam na cobertura da morte do líder político do grupo islamita Hamas, Ismail Haniyeh, confirmou o canal do Qatar.
"Ismail era conhecido pelo seu profissionalismo e dedicação, mostrando ao mundo as atrocidades cometidas em Gaza", afirmou o canal.
No entanto, segundo Israel, Ghoul, "como parte do seu papel na ala militar do Hamas", instruiu outros operacionais sobre como gravar operações e esteve ativamente envolvido na gravação e publicação de ataques contra tropas, tanto em 07 de outubro como na ofensiva de Gaza, como propaganda.
"As Forças de Defesa de Israel e o Shin Bet eliminaram um terrorista da Nukhba, que participou no massacre de outubro de 2023 e que era responsável pela gravação e publicação dos ataques contra as tropas", refere um comunicado militar.
"As forças israelitas estão a operar com o objetivo de eliminar os terroristas que participaram no massacre de 07 de outubro e continuarão a fazê-lo", acrescentou.
O principal dirigente político do Hamas, Ismail Haniyeh, foi morto num atentado atribuído a Israel em Teerão há dois dias, enquanto o Exército confirmou hoje que o chefe militar do grupo, Mohamed Deif, comandante das Brigadas al-Qasam, foi morto num atentado na Faixa de Gaza há 20 dias.
Deif era considerado - juntamente com o chefe do Hamas no enclave, Yahya Sinwar - o cérebro dos ataques de 07 de outubro.
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